Saudade que me deixa doido - Marcial Salaverry e Ana Kilesse

Marcial
Ana Kilesse


Saudade quando bate,
Nada tem que embate

saudade que abate...
Sem perder a vontade

Senti a saudade sem ti...
Só me deixa mais te querendo

Ficar longe, na distância,
Onde o longe não existe

sempre dá uma certa ânsia...
Por querer estar próximo

queremos estar perto,
Sempre juntinhos

isso é bom, decerto,
Alegra o coração esperançoso

desde que dê certo...
Não tendo como não dar

esteja por perto,
Sempre a me rondar

para me tirar deste aperto...
Desta saudade que mata

quero amar-te,
Sem pressa

sem ir a Marte...
Nem na lua nos refugiar

quero amá-la,
Por que a dúvida...

então faço a mala,
Me visto de encantos

e parto... sem dor...
Em busca do amor

estou vendo-a,
Com olhos sedentos

se vendo-a,
Quem sabe...

não mais a verei,
Nem dúvidas terei

pois a venderei...
Num mercado de ilusões

a venda,
Não tem preço...

ponho uma venda...
Fecho os olhos a saudade

E não estou vendo
Nem sentindo

o que vendo...
Fica noutra dimensão

e fico devendo...
A saudade doida que senti.

Marcial Salaverry
Santos - SP

Ana Kilesse
Rio de Janeiro - RJ


 
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