Emoção muito forte

Recebi da Poetisa em 22/03/2018


Muitos não acreditam, mas o que vou contar é a mais pura verda-de... Deus e eu sabemos que é.

Meu salário não dava para as despesas, por isso, arrumei um serviço extra, de datilografia (para fazer à noite). Depois de colocar as crianças na cama, pegava minha máquina de escrever e ficava, até tarde, datilografando.

Meu filho ficava acordado me fazendo companhia, quando não aguentava, me dava um beijo e ia dormir.

Uma noite, enquanto eu estava datilografando, Eduardo pediu para eu abrir a mão e fechar os olhos. Pensando que fosse alguma coisa que ele tinha feito na escola para o dia das mães, fechei os olhos e estendi as mãos. Edu depositou em minhas mãos algo que parecia um cartão grande. Abri os olhos e vi que no cartão estava escrito: DIPLOMA DE DATILOGRAFIA - E, logo a baixo, o nome dele: Eduardo Pokk

Muito emocionada abracei meu filho.

Sentindo meu abraço ele me disse: - Mãe agora você pode ir dor-mir, eu termino o trabalho para você.

Perguntei como ele tinha conseguido fazer o curso e ele me confes-sou: Sabe quando eu vejo você ficar até tarde trabalhando na ma-quina de escrever, eu fico com pena de você, e por isso, eu quero ajudar você mamãe.

Sempre que você me trás da escola, me deixa sozinho em casa e, volta para o trabalho, aproveitei esse tempo fazendo o curso. Quem pagou as mensalidades foi o titio.

Perguntei: Quem te levava no curso?

Ele: Eu ia sozinho!

Eduardo só tinha só 8 anos.

Muriel E. T. N. Pokk


 

 
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