Década etária de alto risco

Recebi em 10/03/2017


Diretamente envolvido no assunto, tenho me mantido atento a um detalhe assaz curioso e despercebido de grande parte dos demais seres mortais. Ainda não me caiu sob vistas alguma estatística oficial feita a respeito, apenas escuto falar que a média de vida humana do brasileiro orbita os 75 anos. Todavia, excluindo os óbitos por causas fortuitas (acidentes e assassinatos), as mortes por causas naturais (enfarte, derrame, cardiopatia, pneumonia, AVC, mal de Alzheimer, mal de Parkinson, etc.) ocorrem na década dos “oitentanos”.

Daí que, a caminho de minha octagésima quarta primavera, sinto-me dentro da área de risco e a cada manhã despertado, agradeço a Deus a dádiva de durante tanto tempo ter-me mantido incólume às mazelas a que estou sujeito, simples mortal que sou em meio a tantos outros milhões de irmãos e colegas etários.

Por osmose, deduzo que ELE aqui me mantém esperando de mim algo mais do pouco que até então tenho feito e procuro fazer mais e mais a cada dia vivido nesta curta passagem aqui por baixo. Mas, por mais paradoxal que possa parecer, ajudar é muito mais difícil do que ser ajudado, acreditem!

Quantas vezes no afã de querer ajudar sou mal interpretado! Ainda assim, sem que precise de autorização formal daqueles que quis aju-dar e não aceitaram, incluo os seus nomes em minhas orações. Disso jamais serei impedido!


QUE DEUS ME AJUDE A AJUDAR!,

Ary Franco
(O Poeta Descalço)




Fundo Musical: Abismo de rosas - Dilermando Reis
 

 
Anterior Próxima Crônicas Menu Principal