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 Esta Ciranda tem por objetivo:
 
	1 - Escrever sobre o tema que desejar, mas
 não pode usar a vogal es-tipulada para a respectiva Ciranda, em nenhuma circunstância.
 2 - Poderá ser em qualquer forma Poética: Verso, Prosa, 
		Poetrix, Prosa, Poetrix, Trovas, Indriso, e outros tipos.
 
 Obs. Só poderá existir vogal no nome do Autor(a) e na dedicatória se esta existir.
 
                  
                  
					Início em 12/09/2009 - Encerrada em 12/10/2009Publicada em 16/10/2009
 
 Com 88 
					participações e com 98 valiosas 
					colaborações.
 
 Apresento os 
					mais profundos agradecimentos aos
 Poetas e Poetisas Consagrados e Renomados na Literatura 
					Poética
 pelas participações e excelentes colaborações,
 as quais nos sensibilizam e honram.
 
 
  
 Sem um Símbolo
 
 Estou, de todo, ciente
 do código proibido
 espero ler brevemente
 uns textos bem divertidos
 
 Pros neurônios... exercício
 poderemos discorrer
 sei que nem é difícil
 só é mister entender
 
 Espero o seu dispor
 belos textos escrever
 regozijo do benfeitor
 no seu sítio conduzir
 
 Tente logo descobrindo
 o símbolo inexistente
 escrevendo e divertindo
 com um compor diferente
 
 Sônia Maria J. Sogawa
 Contagem - MG - 21/07/2009
 
 Observação
 Devido ao acontecimento inusitado de ter surgido
 a forma Poética "Glosa", estou inserindo aqui as mesmas.
 
 Poeta 
António Boavida Pinheiro
 
 Uma glosa, tomando como tema a primeira
 quadra da poetisa Sônia Maria J. Sogawa...
 
 Assim vejamos: Temática
 
 "Estou, de todo, ciente
 do código proibido
 espero ter brevemente
 uns textos bem divertidos."
 
 Sônia Maria J. Sogawa
 
 E a minha glosa será:
 
 Estou, de todo ciente
 de que isto é divertido,
 versos com tom diferente
 mesmo com certo sentido.
 
 Só que tem que ter presente
 do código proíbido,
 que o que for é pois premente,
 e tem que ser bem vivido.
 
 Que glosei e estou contente,
 com os versos produzidos,
 espero ter brevemente
 um projeto conseguido:
 
 de escrever correntemente
 versos lindos e sortidos,
 com o humor ser coerente,
 uns textos bem divertidos...
 
 António Boavida Pinheiro
 Lisboa - Portugal
 
 Poetisa Sônia Maria J. Sogawa
 
 Ser glosada pelo António Boavida Pinheiro é honroso e 
estimulante.
 A Glosa que ele fez ficou excelente e eu, imensamente feliz.
 Muito obrigada por ter mostrado antes da publicação.
 Que tal um
 
 DUETO GLOSADO?
 
Arrisquei, nunca fiz glosa... risos.
 "Estou de todo ciente
 de que isto é divertido,
 versos com tom diferente
 mesmo com certo sentido."
 
 António Boavida Pinheiro
 
 Estou de todo ciente
 e crê... por certo feliz
 pelo meu merecimento
 ter escrito o que quis
 
 Nem duvide, pois é bom,
 de que isto é divertido
 e coloquemos o tom
 encontremos o sentido
 
 Tecendo tudo em mente
 esconder o dito código
 Versos com tom diferente
 eles nos vem muito pródigos
 
 O que sinto... docemente
 com o texto definido
 o sorriso... felizmente
 Mesmo com certo sentido
 
 Sônia Maria J. Sogawa
 
 Poeta António Boavida 
Pinheiro
 
 Escrevendo uma nova glosa a partir da primeira quadra:
 
 TEMÁTICA:
 
 "Estou de todo ciente
 e crê...por certo feliz
 pelo meu merecimento
 ter escrito o que quis."
 
 Sónia Jannuzzi
 
 A 
minha glosa será assim:
 
 Estou de todo ciente
 se em dueto vou escrever,
 mesmo sendo diferente,
 divertido é..., podem crer.
 
 Quero pois eu prosseguir
 e crê... por certo feliz
 porque rimei o sentir,
 o sentir..., do que se diz.
 
 Ser por isso um sentimento
 que nos enobrece o 'Ego',
 pelo meu merecimento
 pouco é..., eu sei e nego.
 
 Porém mui bom foi o gosto,
 de dizer... como o que fiz,
 de nos versos eu ter posto,
 ter escrito o que quis.
 
 Com um 
abraço de amizade
 
 António Boavida Pinheiro
 
 
  
 Queres como?
 
 Pois sim... escreverei,
 poderei por,
 sem me opor,
 como possível for,
 um mote sem dor...
 Se tristes, todos se condoem,
 se dolorido porque dói...
 Eis porém,
 surge luz no horizonte,
 logo defronte...
 Podes ver...
 Veio de repente,
 e sendo somente
 um pequeno repente,
 sei escrever,
 quero porém ler
 um triste livro,
 sem poder rir ou mesmo sorrir...
 Vem comigo,
 pois contigo serei feliz...
 
 Marcial Salaverry
 (Mrcil Slverry)
 Santos - SP
 
 
  
 Sem controle que me une
 
 Como responder este compromisso,
 De escrever no restrito,
 Tormento ou um doce grito,
 Sendo escritor do submisso...
 
 Por que sonho se formou,
 No estreito negrume,
 Sem controle que me une,
 Sou homem que sempre chorou...
 
 Sempre distribuindo sorrisos,
 Vejo reflexos pelos trilhos,
 Refletindo teus brilhos,
 Em extremos sentimentos precisos...
 
 Este é o meu berço,
 Comover o leitor do sono profundo,
 Expor meus textos de frente pro mundo,
 No boêmio céu em que rezo o meu terço...
 
 Angelo Sansivieri
 
 
  
 Vem comigo...
 
 Vem comigo...
 Olhe nos meus olhos
 Solte meus verrolhos
 Role no seu leito meus gorgulhos
 Quero muitos folhos
 Em nossos sentimentos
 Podes em meu colo
 Ter pousio
 Sem temor
 Serei teu porto seguro
 Teu ombro, teu orgulho
 Vem comigo...
 Me tire de ser inseguro
 Sem medo de cometeres
 Erro
 E se quizeres
 Iremos no eterno...
 
 Luciano Spagnol
 Rio de Janeiro - RJ - 14/09/2009 - 09:23 hs
 www.poesiaempauta.fst.br - site do poeta
 
 
  
 Versos livres
 
 Versos, meu Deus!
 Enchem o existir de luz
 Com eles, Deus me conduz
 Recrio tudo quanto gosto
 O mundo, enxergo múltiplo
 Como sou: o verbo do Verbo
 O que só vê esplendor no querer bem
 Primeiro e sublime preceito do Senhor.
 
 Edson Gonçalves Ferreira
 Divinópolis - 12/09/2009
 
 
  
 Coxo, sem remédio
 
 Eu só posso conceber
 tudo no sítio do verso
 sem se fugir ou perder
 um só símbolo disperso.
 
 Quem teve este sentimento,
 decerto que se inspirou
 ouvindo dizer o vento:
 - sem ele tudo findou!
 
 Junto do muro, direito,
 é como um fio de prumo,
 corre sempre do meu jeito,
 e eu posso seguir meu rumo.
 
 Por isso, envio o meu escrito
 feito sem tempo, ou rever,
 sem o cujo que foi dito,
 difícil de se entender.
 
 António Barroso
 (Tiago)
 Portugal
 
 
  
 Soneto divertido
 
 Difícil escrever isso,
 venho logo te dizer,
 que termino, e desejo,
 bons fluidos em você.
 
 Sorte em seu exercício
 desejo com todo meu ser,
 Pense... é muito divertido
 escrever sem esquecer.
 
 beijos em você
 deu tempo de escrever
 sem me comprometer
 
 Fico e procuro o fim
 sem esquecer de dizer
 bons sonhos...
 
 Kedma O'liver
 
 
  
 Meu porto seguro
 
 Foi no porto seguro dos sonhos
 Que selei os meus segredos
 Refleti e vi
 Meus momentos de sorrir
 Meus momentos de sentir...
 
 No meu porto seguro
 O sol rebuscou o céu
 Tingiu o horizonte
 Escureceu...
 
 E pelo céu nevoento
 Fogem suspiros lentos
 Como se fossem
 Os sinos de um convento
 
 Evoco neste momento
 O sonho sorte,
 Cujo norte é você
 Penso em seus olhos
 E recolhe-me
 Onde se esconde o desejo
 De te ter.
 
 Augusta Schimidt
 
 
  
 Sede de viver
 
 Tenho sede de viver
 De existir sempre sorrindo
 Vendo tudo em meu redor
 Com toques de otimismo
 Sigo o meu roteiro
 É doce, é terno...
 É lírico e lúdico.
 Registro tudo no livro
 De um jeito consciente
 De ser como sou por inteiro.
 
 Yara Nazaré
 16/01/2004
 
 
  
 Quero você
 
 Quero você todo o tempo,
 Esquecer de ti é impossível.
 Você tem meiguice,
 E sempre me excitou.
 
 Tenho de me recompor.
 Com tudo que nos ocorreu.
 Sei e devo compreender.
 Porque que você retornou.
 
 Tudo pude reviver,
 Senti receio de ninguém me entender.
 Isso é bom e eu quero ver,
 Nem me importo com o que me ocorrer.
 
 O tempo mudou,
 Você regressou em nosso ninho.
 Convenceu-me com seus desejos,
 E veio de novo me pertencer.
 
 José Ernesto Ferraresso
 Serra Negra - SP - 12/09/2009
 
 
  
 Escrito no Céu
 
 Tu és o meu horizonte
 Por quem sempre tenho vivido.
 Comigo tu és como fonte...
 Um sussurro em meu ouvido
 
 Um sonho lindo de menino
 Que chegou sem ser sentido
 Porque foi o nosso destino
 Escrito no céu... É infinito...!
 
 Juntos seremos felizes
 Por termos esse sentimento.
 Seremos unidos e sem deslizes
 
 Sinto que os teus beijos
 Que recebo em nosso leito
 Vem cumprir nossos desejos
 
 Vanda Dias da Cruz
 Rio de Janeiro - RJ - 12/09/2009
 
 
  
 Poético sorriso
 
 Símbolos do sorrir,
 Primórdios efeitos
 De todos os jeitos
 De ser e de sentir
 
 No ir e no vir
 É luz que conduz
 O ser triste reduz.
 O negro porvir,
 
 É símbolo de dor
 Que fere, é cruz,
 Sofrimento produz
 Por onde se for...
 
 Refeito o jeito
 De ser, de sentir
 No nosso porvir
 Ver, tudo mudou.
 
 Ninita Lucena
 Natal - RN
 
 
  
 Luz
 (Poetrix)
 
 Meus olhos tristonhos
 enchem-se de luz,
 se você estiver perto de mim...
 
 Clara da Costa
 Pipa - RN - 11/09/2009
 
 
  
 Texto sem contexto
 (Indriso)
 
 Sobre o que vou discorrer?
 Difícil, difícil te digo.
 Se persevero eu consigo.
 
 Tenho medo de perder
 o fio que me conduz...
 Nem, sequer, diviso luz.
 
 Se consegui, ignoro.
 
 De joelhos eu peço e oro.
 
 Helena Luna
 
 
  
 Versos proibidos
 
 Quem foi este mestre inventor
 Que criou o jeito diferente
 De versos proibidos compor
 Que exigem muito repente!
 
 Eu quero poder responder
 Com um instintivo Soneto.
 Pois que ficou dito em preto
 O que é proibido escrever!
 
 Em tese, versos, sintetizo
 Os poucos e simples tercetos
 Que em único toque me guio.
 
 E levo no rosto o sorriso
 De quem conseguiu o verseto
 Compor, sem o tom de sombrio!
 
 Milla Pereira
 
 
  
 Um do outro sempre
 
 O bom Deus determinou
 Que fiquemos juntos de novo!
 Muito feliz eu estou!
 És meu lindo Querubim
 Dizes que consentes, sim.
 
 Um do outro somos sempre!
 Em todo momento teu
 Vou sempre te proteger,
 Dos perigos te defender,
 Te prometo, sonho meu!
 
 Novo tempo viveremos!
 Juntos construiremos
 Um futuro promissor!
 O momento presente tomemos,
 Lutemos e... desfrutemos!
 
 Tudo o que se foi
 E que nos deixou descontentes,
 Dores, ressentimentos,
 Se por eles nós sofremos...
 Oh! Nem lembremos!
 
 Deus sempre nos quis felizes...
 Bendizê-lo eis o momento!
 Oh! Deus, oferecemos-lhe pois,
 O melhor dos sentimentos
 Existentes em nós dois!!!
 
 Eri Paiva
 12/09/2009
 
 
  
 Sem ti
 
 Sem conseguir vivendo sem ti
 Beijei teus beijos com respeito
 O orgulho e despeito engoli
 Deite-me contigo em nosso leito
 
 Muriel E. T. N. Pokk
 
 
  
 Esquisito
 
 Sob protesto preciso entender:
 Por que querem influir no meu dizer?
 Pretendem romper com o belo?
 Ou enlouquecer meu cerebelo?
 
 O escritor oprimido é chulo
 Engole tudo: é um infeliz.
 Liberto ele produz
 Imerso em presunções.
 
 Restou-me o moribundo bicudo
 Morto vivo sem escudo
 Porém irrestrito.
 
 Mel Ribeiro
 
 
  
 Conselho
 
 Escreve este conto
 Que te conto
 Sem estendê-lo
 Olho no zelo!
 Duvidei, sim
 Destruí o querer
 E ele perdeu-se
 Pelos becos
 Onde mergulhei
 Meus sentimentos
 E meus medos...
 
 Maria José Zanini Tauil
 
 
  
 Versos humorísticos
 
 Benzinho, sou seu esposo,
 tire logo o negligê;
 e só peço em tom choroso,
 porque eu gosto de você!
 
 Com o furor do teu beijo,
 no nosso último encontro,
 feriste, sem dó nem pejo,
 meu tumescido tolontro!
 
 Contigo eu tomo o topete
 do ousio em tom bem mesquinho,
 mesmo curtindo os bofetes
 que explodes no meu focinho!
 
 Humberto Rodrigues Neto
 (Humberto-Poeta)
 Obs. Tolontro (Conceito dado pelo "Aurélio")
 (Do esp. tolondro)
 S. m.
 1. Tumor causado por contusão.
 2. Caroço, tumor.
 
 
  
 Chegou o vento do norte
 (Poetrix)
 
 Soprou no meu texto
 Divertiu-se, tudo confundiu
 Reescrevo o mistico sentimento
 
 Susana Custódio
 Sintra - Portugal - 13/09/2009
 
 
  
 Poema sem um símbolo
 
 No meu destino
 eu fui menino
 sem perceber.
 Nesse outro mundo
 eu revivi
 mulher vim ser.
 Um mero efeito
 que tenho hoje
 sem reverter.
 Porém o tempo
 é meu de novo
 dele vou ser.
 E tempo suficiente
 espero ter
 de um novo sonho
 menos bisonho
 eleito meu...
 depois dormir.
 Enfim poder
 ver um espinho
 sem o temer.
 Terei retorno:
 meu dom de fé
 verei o brilho
 de tudo em luz.
 Serei espírito
 que me conduz
 por esse rumo
 por esse éden
 que é meu viver
 mesmo com dor.
 
 Tere Penhabe
 Santos - SP - 30/10/2004 - 9:45 hs
 www.amoremversoeprosa.com
 
 
  
 Como vencer o difícil
 
 Sem o primeiro símbolo,
 No inicio, meio ou fim,
 Concluiu-se ser impossível
 Surgir versos mesmo "ruins"
 
 E tentei dizer que o sol
 "rei" que nos fornece luz
 Com o nevoeiro freqüente
 Se escondeu! Ficou sem luz!
 
 Com o céu sempre com nuvens
 Escurecendo este mundo
 Multiplicou-se os estorvos
 Impedindo que o "bom" surgisse
 
 Com isso, multiplicou-se o perigo
 Dos que vivem do escuro
 E melhorou o proveito
 Do extorquir violento!
 
 Luíza S. Benício de Moraes
 
 
  
 Vejo-te no horizonte
 
 Vejo-te no horizonte
 Longe de mim
 O vento sentiu o meu desejo
 De querer-te perto de mim
 Perguntou-me: Queres que te leve?
 Contente disse que sim,
 No colo do vento
 Encontro-me contigo
 E me deleito no teu belo peito
 
 Dulcineia Leal
 Portugal - 13/09/2009
 
 
  
 Vem...
 (Poetrix)
 
 Quero curtir contigo
 nossos melhores momentos,
 espero-te em meu leito...
 
 Regina Bertoccelli
 
 
  
 Sem Nexo
 (Quadrinhas)
 
 Deu nó em meus neurônios
 Esse convite divertido
 Vou ver se encontro
 Um texto perdido
 
 Fiquei muito perplexo
 Procurei um pretexto
 E escrevi este texto
 Complexo e sem nexo
 
 Sei que outros convites
 Irei em breve receber
 Desisto desse propósito
 Me perdoe, nem sei o que dizer
 
 Regina Bertoccelli
 
 
  
 Eu fui...
 (Poetrix)
 
 Eu fui um lindo lírio
 que brotou dentro de você
 e morreu num profundo rio...
 
 Naidaterra
 
 
  
 Jogo inteligente
 (Prosa poética)
 
 Sem pouco entender
 ou compreender...
 pois somos todos diferentes...
 Com o símbolo
 proposto escondido
 posso sem tropeço
 escrever versos
 pois rico é o português,
 fértil, recursos diversos.
 Pode-se dizer tudo,
 com sentido completo,
 mesmo se isto fosse,
 mero ovo de Colombo
 ou um divertido
 jogo instrutivo
 de mundos novos
 dignos de troféus!
 
 Maria Thereza Neves
 13/09/2009
 
 
  
 Poetrix diferente
 
 Poetrix diferente
 eu tento hoje escrever
 com recheios de ciúmes.
 
 Gislaine Canales
 
 
  
 Sem título
 
 Que è o que eu conseguirei escrever?
 Versos simples ou compostos?
 Com ou sem som?
 Tento, penso... que difícil é!
 Escrevo isto que é bem diferente,
 Por momentos meu cérebro exprimo...
 E logo de um tempo escrevi um texto.
 Meus neurônios explodem,
 Depois de tudo sinto...
 O exercício como um elixir,
 Só peço se tiver um erro...
 Podem corrigir!
 
 Rosenna
 Buenos Aires - Argentina
 
 
  
 Sem sentido, sem princípio e sem fim...
 
 Podem dizer que sou louco,
 Eu só penso no que se foi.
 Comigo ficou só o boneco
 Que você lhe deu o meu nome...
 
 O boneco é feio, sujo,
 Tem o rosto de fome
 Do menino mendigo
 Que vive o desprezo
 Dos governos.
 
 Dizem que o dito cujo
 Tem direito de viver
 De ser digno...
 
 Meto os pés pelos peitos
 Como gente sem juízo,
 Fico puto
 Com esses governos.
 
 E dizem que sou louco
 É o que eles dizem,
 Sei que só sou meio bobo
 Sem ser louco...
 
 Tarcísio Ribeiro Costa
 
 
  
 Bebendo quente é muito bom
 (Poetrix)
 
 Um golinho de ouro preto
 Cheiros dispersos
 Direto de S. Tomé e Príncipe
 
 Malubarni
 Vila Nova de Gaia - Portugal - 13/09/2009
 
 
  
 Devo?
 
 Como supor ser obsoleto,
 um sorriso feliz, cedido-me escondido,
 pelo dono do meu ser?
 
 Roze Alves
 Rio de Janeiro - RJ - 13/09/2009
 
 
  
 De repente...
 
 Uns versos bem diferentes,
 hoje tentei escrever,
 e me surgiu um repente,
 que pro Lemberg vou oferecer.
 
 Repentes, em nenhum tempo escrevi,
 e de mim eu duvidei;
 pois de repente eu vi,
 que de repente,um repente eu criei!
 
 Socorrinha Castro
 (florzinha)
 Praia de Iracema - Fortaleza - CE - 
						13/09/2009
 
 
  
 Um verso meu e meio inteiro
 
 Recebi este convite
 com um pedido bem difícil
 foi o que pensei, de início.
 
 De repente o verso veio
 de si mesmo todo cheio
 e fez o seu recreio.
 
 Penso só no que tem "u", "i", "e"
 mesmo os "ois" e os "uis",
 Só evito em dizer
 de quem o verso deve esquecer.
 
 Um, dois, três, e o último versinho
 do que tentou ser um soneto
 p'reu proferir neste coreto,
 e fiquem todos com meu beijo!
 
 Jacqueline Collodo Gomes
 13/09/2009
 
 
  
 Expelindo o que é dor
 
 Muito sofrimento no desespero
 é completo formigueiro
 que sempre mordendo sempre
 vendo-o sumir de contente
 por destruir docemente
 seu impetuoso espinheiro.
 
 Coloque-se por primeiro
 grite sons de seresteiro
 esperneie sem ter medo
 de envolver o Mundo inteiro.
 
 Sofrer quieto é furor
 é sufoco sem pudor
 expelindo o que é dor
 no vôo do enlouquecer
 É melhor logo morrer.
 
 Rose Arouck
 
 
  
 (Haikai)
 
 Querer entender um outro ser...
 No seu intenso querer
 Sentimento
 
 Isabel Ramos
 
 
  
 Luz dos olhos
 
 Com um véu cobrindo seu rosto
 esconde o seu destino, e sem perceber
 me emociono com esse brilho que vem
 num segundo dos seus olhos.
 
 E sem ouvir o som
 estridente de seus soluços, me ponho
 de pé, lento, e penso no frio que senti
 no silêncio dos sinos de bronze.
 
 Sávio Assad
 Niterói - RJ - 12/09/2009
 
 
  
 Bom.. Em tempo cheguei!
 
 Entenderei o teu querer
 Dou beijo louco em você
 Esquento-te com dever
 
 Esquento todo o teu ser
 Louco é esse meu querer
 Quer beijo doce eu dou em você
 
 Eu quero somente te dizer
 Você tem muito que prever
 Como poderei eu querer você
 
 Entendi o teu pedido
 E por isso vim correndo
 Suei enfim, em tempo eu cheguei.
 
 Edson dos Santos
 
 
  
 Lenço
 
 Tecido incolor, depósito de dor
 Do querer dividido
 Sofrido, e no tempo perdido
 Peso do intenso sofrer
 Do te ter que se foi
 Sem retrovisor
 No tempo o perder
 Em seus olhos sem luz o que consigo ler
 Querido e gostoso de ser
 Dos meses sepultos
 Ou por certo ocultos
 Escondidos nos idos
 Nos muitos e infinitos minutos
 Contigo vividos
 E que hoje somente restou
 No úmido lenço
 O que eu neste momento só penso
 Foi isto o que sobrou
 De tudo nosso viver
 Só neste lenço esse pouquinho deixou
 No úmido choro, foi o que ficou
 
 Lúcio Reis
 Belém do Pará - 13/09/2009
 
 
  
 No momento em que...
 (Poetrix)
 
 Nossos olhos se percebem
 Nossos corpos se perdem
 Num louco querer
 
 Jeronimo Madureira
 14/09/2009
 
 
  
 Eu 
"hem"
 
 É difícil entender
 vou sim conseguir
 mesmo sem compreender
 como vou escrever ...
 Quero verso bem bonito
 vindo de dentro de mim
 escrevo no infinito
 vou escrever inté o fim ...
 E se você num quiser
 ler os versos que eu fiz
 eu só quero é viver
 eu só quero ser feliz ...
 
 Cel (Cecília Carvalho)
 
 
  
 O 
Mundo do Zé
 
 Sou menino - um simples Zé
 hoje vou dizer que sinto
 o sentir muito sentido
 de um presente tolhido...
 
 Sem uso do primeiro símbolo
 ouso dizer que poetiso
 indeciso e impreciso
 no meu (im)perfeito juízo
 
 Concluo estes versos per_versos
 sem ser Poetrix ou Indriso
 sem luxo e com muito gosto
 com muito suor no rosto!
 
 ZK Feliz
 
 
  
 Beijo 
por beijo
 
 O vento
 Meu senhor
 Do meu tempo
 É o condutor
 De sentimentos
 Coloridos de ouro
 Subindo no peito
 Nobre e perfeito.
 
 Beijos por beijos
 Sinto seu cheiro
 No jogo do desejo
 Vivo sem medo
 Curtindo pomposo
 Seu corpo gostoso
 Junto do meu
 Sem segredo.
 
 Beijo
 Sou senhor
 Do seu rosto
 Fino primoroso.
 
 Luiz Gonzaga Bezerra
 
 
  
 Ventre 
livre
 
 Com você perto de mim
 Sou corpo crescente
 Nu movimento do teu ventre
 Repouso meu movimento...
 
 Valdir Azambuja
 
 
  
 Desgoverno
 
 Onde tudo
 É de poucos
 É um inferno
 
 Valdir Azambuja
 
 
  
 Mestre dos Mestres
 
 Sempre que o escuto
 mexe muito comigo,
 vejo sempre seu vulto
 eterno mestre mendigo.
 
 Sérgio Diniz Barros 
Guedes
 
 
  
 Contrito do Vento
 (Poemeto)
 
 Fiquei sem teto, senti o vento zunir sem dó
 Ele circulou, em movimento, bem diferente...
 Fez unir-me em sentido fogoso, um ruído
 Estrondoso se ouviu e me entristeceu
 Vivendo esse triste momento, pensei
 Que o mundo em contrito suspirou
 E chegou-se no seu fim, bem diferente!
 
 Ivete Tayar
 São Paulo - SP - 14/09/2009 – 15:50 hs
 
 
  
 Diferente
 
 Diferente do mel
 é fel
 que deglutimos sem lei,
 o rubro gosto infiel
 
 Diferente de dor
 é ouvir o triste
 solto.. grito
 Infinito...
 
 Diferente de viver,
 é morrer
 Doído
 Sentido
 Mudo... Morto...
 Só!
 
 Diferente
 
 Cida Valadares
 
 
  
 Versos 
diferentes
 
 Sou diferente
 Escrevo versos
 Num repente
 Dispersos
 No notebook,
 Um clique...
 Um "look".
 
 Noutro momento
 O inconsciente
 Sem complemento:
 Firme, duro,
 Cimento,
 Nem desiste,
 Insiste.
 E o verso
 No universo,
 Sobreviveu:
 O seu e o meu!!!
 
 Marinez Stringheta
 (Mara poeta)
 Botucatu - SP - 14/09/2009 - 20:37 hs
 PS: Versos diferentes, eu classifico como 
poesia contemporânea.
 
 
  
 Nosso 
corpo físico
 
 Nosso corpo físico
 morre!...
 Num certo tempo.
 É finito!...
 Por designo divino,
 nosso espírito:
 Jovem,
 velho
 ou de menino,
 vive no seu tempo,
 com tempo certo,
 preso, interno...
 neste corpo físico.
 Permitido por Deus.
 mesmo sendo eterno,
 querendo sem limite,
 um belo porvir...
 Por isso...
 Deve se permitir,
 crescer,
 Se desenvolver...
 E no fim... ir ...
 Ter com Deus,
 pronto,
 como filho Seu.
 
 Mifori
 São Paulo - SP - 
15/09/2009
 
 
  
 Sem ovos fez-se “omelette”!
 
 Sem este hieróglifo escrito
 Ficou difícil o verso...
 Se do dizer é proscrito,
 É de espremer seu inverso!
 
 Porém é um belo convite,
 É um teste de fogo em mente...
 Que os erros meu estro evite,
 Se o fizer, fico contente!
 
 Por onde meter nem sei,
 O bico neste poleiro,
 Vereis como me esforcei
 Como me dei por inteiro!
 
 Pelo meio, zero feito.
 Bom epílogo busquemos...
 Tenho o verso de trejeito
 Se o endireito, veremos!
 
 É promissor este jogo
 E no torneio me enredo...
 Ou pego o estrugir do fogo,
 Ou meu conceito renego!
 
 Bem que o convite é gostoso...
 Prover versos sem o unto
 Do co-piloto meloso
 Que com o I geme em conjunto!
 
 Deste modo, o choro excluído,
 Urge em frente prosseguir
 Sem dor ou rouco gemido,
 Que é dos débeis desistir!
 
 Porém, vislumbro sem viço,
 Compor lírico horizonte
 Com léxico feito omisso
 Nesse princípio de fonte!
 
 Símil com muitos de nós
 Que, em costume usufruídos,
 Somos fios despercebidos,
 Mesmo que unidos em nós!
 
 Somente se requeridos
 Nossos préstimos prementes,
 Somos de novo queridos
 Como se hoje diferentes!
 
 Carmo Vasconcelos
 Lisboa - Portugal - 15/09/2009
 https://carmovasconcelos.spaces.live.com
 
 
  
 Oi...
 
 Oi... Estou sempre contribuindo
 com meus sentimentos sensíveis...
 Com um estilo diferente...
 Com um escrever eloquente...
 Expondo todo o meu sentir...
 Venho este texto escrever...
 Belo? Nem sei dizer!
 Fui logo descobrindo...
 
 Com jeito de bobinho e, com estilo tolinho
 vou expondo o meu jeito de ser...
 Procurando escrever
 tudo sobre o meu querer...
 Sou um ser cheio de sonhos...
 Com um viver sempre intenso!
 Com um querer feito de ferro...
 Sempre luto pelo que quero...
 
 Sinto-me, hoje muito preso...
 É somente isto que eu posso expor,
 dentro deste estilo diferente
 que foi um pedido de gente,
 que fosse desse estilo
 todinho feito...
 E, que é... Lindinho!
 
 Penhah Castro
 
 
  
 Meu 
bem-querer
 (Trovas)
 
 Se tens sentido ciúmes,
 Deste ser que te quer bem.
 É porque ente querido,
 Desconheces o que tens.
 
 Serei sempre teu bem-querer.
 Se me quiseres como sou!
 Meus beijos te oferecerei,
 E o meu perfume de flor.
 
 Dalinha Catunda
 
 
  
 Inverno
 Poema Inverno, 
dedicado ao amigo poeta Carlos Lemberg
 
 poente rubro e longínquo
 reluz em meus olhos
 sonhos que pensei mortos, dispersos
 ressurgem lépidos, vivos, e em versos
 de fogo, sorriem no gole do vinho
 sorvendo tudo o que em silêncio digo
 e me vejo de novo só
 só eu
 só
 comigo.
 
 Tonho França
 
 
  
 Sorriso diferente
 
 Eu quero ver você sorrir
 Este sorriso inocente,
 Diferente que meche comigo
 Que enche meu peito e só você tem.
 
 Eu quero ver você reviver
 Tudo que te fez feliz
 Você é tudo que tenho
 Você é tudo que quero
 
 Me olhe e sonhe
 Um sonho muito lindo
 Sonhe que somos livres
 E que ninguém se perdeu
 
 Sem você é morrer
 É perder o rumo
 Nesse mundo cheio
 De preconceitos ridículos
 
 Por isso quero ver você sorrir
 Esse sorriso lindo
 Que sempre meche comigo
 E só você é quem tem.
 
 Célia Bosco
 
 
  
 Do meu viver!!
 
 Onde você estiver,
 Quero senti-lo em meu peito.
 
 Relembro dos nossos belos momentos
 Corpos unidos em modo de torpor.
 É o fim de todo o sofrimento.
 O tempo destruiu este profundo temor..
 
 Meu sentimento é genuíno
 Enobrecendo, este lindo homem peregrino.
 Nosso querer é fiel
 Nosso poder é régio.
 Sentimentos sem extermínios.
 
 Dentre mil sonhos, o poder, é querer.
 Sem você serei infeliz
 Sem você, quero morrer.
 
 O motivo concreto deste querer,
 vem do espírito deste homem que venero.
 Meu interior é como o seu.
 Uno, fértil,
 digno do meu viver.
 
 Silvia Trevisan
 Curitiba - PR - 16/09/2009
 
 
  
 Triste 
querer
 
 Vejo os junquilhos em flor
 Triste eu sinto o teu cheiro
 Despeço-me de um imenso querer
 
 Maria Julia Guerra
 (Maju 
Guerra)
 
 
  
 Viver 
seleto
 
 É, com efeito, incomum
 o versejo do escritor;
 provocou certo zum-zum,
 nos pregões de corredor,
 onde risco pobres versos,
 sou, dos ricos, devedor...
 Por becos curvos, inversos,
 tombo, tropeço, escorrego,
 soergo-me, fico de pé,
 sou tido como doutor,
 outro sim, homem de fé...
 Meus senhores, eu nem minto,
 somente digo o que sinto:
 trôpego, trêmulo, incerto,
 fugindo desses torpedos,
 escondendo negros medos,
 busco reter Deus por perto...
 De luz, meu céu é repleto,
 tudo de ruim eu veto,
 tendo um viver bem seleto.
 
 Carvalho Branco
 
 
  
 Eu você e o tempos
 
 O tempo corre bem lento
 Me segue com um segredo
 Oprimindo o meu peito
 Como se fosse o meu dono.
 Procuro você, desencontro
 Te perder é o meu medo
 
 O relógio muito certo
 Em seus movimentos perfeitos
 repete, repete, repete,
 Sussurros em meus ouvidos.
 Segundos, minutos sem erros
 Rompendo triste silêncio
 
 No meu universo secreto
 Componho longínquo crepúsculo
 Esse destino incerto.
 No pier de um porto seguro
 Você é bem-vindo, te espero
 Com meu querer bem sincero
 
 De repente, surge um vulto
 No espelho que tenho em mente
 Eu corro e sigo o tempo
 Como se fosse o seu dono
 E, por minutos, segundos
 Reencontro...
 Você, o tempo... meu mundo.
 
 Teresa Nunes
 19/09/2009
 
 
  
 O teu beijo
 
 O teu beijo doce e quente
 revivo em meu sentimento,
 é gostoso e diferente,
 e colore o meu momento!
 
 Gislaine Canales
 
 
  
 Com o vento do Oeste
 
 hoje direi do vento
 dele que vem como sutil sineiro
 indivisível e fecundo sobre morros e ribeiros
 cortês sementeiro de todos os sentidos
 de sebes, de flores, de eleitos e escritores
 só hoje, pelo menos hoje, deixo os trovões e
 os tufões dos ventos do Norte e do Sul
 invoco Zéfiro que comigo sobrevoe
 neste meu tempo bom
 de equinócio do Sudeste.
 
 Soaroir de Campos
 São Paulo - SP
 
 
  
 Corpo crepito de tudo
 (Poesia imaginária)
 
 Contudo
 Sobretudo
 Tudo de vez!
 
 Fez o corrosível
 Ferido de vez
 Os sentidos...
 Projetos do objeto sensível!
 
 No ritmo dos pequenos dedos
 Qque do punho veloz
 O corpo do destino
 Atinou-se do tempo dos desejos
 E o equivoco escorre...
 
 Corre...
 Por fios finos...
 E escreve os instintos
 Opostos!
 
 Luciano Azevedo
 (Colibri)
 
 
  
 Sem você
 
 Sem você
 o silêncio entristece...
 
 Vem o medo de te perder...
 
 Luz que surge dos teus olhos
 enchem meus olhos perdidos no infinito...
 
 Com você,
 posso dizer que sou feliz!
 
 Adelia Mateus
 Setembro/2009
 
 
  
 Presente
 
 Sempre presente e conivente
 com o proibido proposto,
 sofrendo, pois, sinto-me oco.
 Sem me opor
 Encho-me de dor,
 reluto, sigo sofrendo
 por esse tormento
 e prossigo triste e firme,
 pelo proibido elemento.
 Corro, respiro fundo,
 Olho o imenso cume... enfureci.
 Sem entender, deito-me...
 Enlouqueci?
 
 Raquel Caminha Matos
 (Lindinha)
 
 
  
 Fugir...
 (Trova humorística)
 
 Pois, sozinho vou fugir,
 porque penso ir correr,
 quero fugir, sem ouvir
 nenhum grito de mulher...
 
 António Boavida Pinheiro
 Lisboa - Portugal
 
 
  
 Meus doces sonhos...
 
 Vejo, observo e sinto o vento
 e como imploro que ele leve
 o ódio, decepções, orgulho...
 e tudo de ruim bem longe!
 
 Vejo
 os homens dispersos,
 jovens sem rumo!
 
 Observo
 o político corrupto
 sem nenhum compromisso!
 
 Sinto
 que é muito triste
 viver sem Deus, luz e sonhos!
 
 Sonho
 com um mundo justo,
 sem ódio, fome, sofrimentos...
 
 Peço
 pro querido Jesus
 que nos conforte e guie!
 
 Desejo
 que o bem triunfe
 e nossos sonhos se concretizem!
 
 Tânia Sueli Oliveira
 Marília - SP - Brasil
 https://oamornaopodeacabar.blog.terra.com.br
 
 
  
 Sem você
 
 Viver sem você,
 eu fico triste.
 Com você no meu viver,
 tudo é regozijo.
 Em perfeito domínio
 dos bons momentos,
 nós sempre vivemos
 em doce divertimento.
 Sem você comigo,
 o tempo presente morre.
 Tudo é difícil e obscuro,
 em momentos
 de sólidos e de longos
 sofrimentos...
 
 Antonio Cícero da Silva
 
 
  
 Desejos
 
 Bebi teus beijos
 Despertei desejos
 Contidos e ocultos
 Hoje emergem incontidos
 
 Outro inverno terminou...
 Eu só, sem você no leito
 Um grilo ensurdecedor
 Interrompeu meu sonho!
 
 Espero-te urgente
 No próximo equinócio!
 Chegue como guerreiro
 Homem defensor...
 
 Músico ou escultor
 Escritor e troveiro
 De sorriso zombeteiro!
 O corpo...sem pejo e sedento...
 
 Nadir A. D'Onofrio
 Serra Negra - SP - 
03/09/2009 - 17:37 hs
 
 
  
 Tom de Neon
 
 No voo do riso sobre o precipício,
 O medo esquece o tempo do ponteiro
 E sente sofrimento, o medo é vício
 De quem do próprio vício é prisioneiro.
 
 No livre voo do sonho sobre o vento
 O céu é o limite do desejo
 E no sublime tom do entendimento,
 Lirismo é sentimento e é festejo.
 
 O medo sobrevive se o sonho
 Se perde no silêncio do deserto
 Do homem que percebe-se tristonho
 Sem ver que o longe vive sempre perto.
 
 Querer-se é entender o que é bom
 Sem medo desse voo feito de luz
 Que sempre reproduz, num novo tom,
 Esse neon feliz que nos conduz.
 
 Luiz Gilberto de Barros
 (Luiz Poeta)
 Às 23 h e 16 min do dia 20 de 
setembro de 2009,
 Especialmente para a Ciranda "Diferente", De Carlos Roberto Lemberg,
 por sugestão de Sônia Maria J. Sogawa
 
 
  
 Reto
 
 Este convite, es un reto,
 con letreros inconclusos,
 yo sin lienzo les dibujo
 luces del universo
 y sin pincel unos versos,
 voceros de fe por el mundo.
 
 Este mundo que mucho sufre,
 por seres que son injustos,
 que los usureros y corruptos,
 tienen los pueblos de bruces,
 yo en mis versos, les juro,
 que intento encender mil luces.
 
 Son mis sueños los tuyos,
 luchemos por verlos vivos,
 que el silencio no es orgullo,
 el silencio es de oprimidos
 que permiten que los hijos,
 no logren un buen futuro...
 
 Carmen Flores
 Porto Rico
 
 
  
 Eterno verbo
 
 Quero esse sonho refletido nos teus olhos,
 e os sorrisos escondidos nos teus beijos...
 onde eu mergulho e recolho o gosto intenso,
 solenemente eu deixo em ti, os meus desejos.
 
 Quero o suor dos nossos corpos, sem limites.
 Depois teu rosto em repouso, lindo e puro,
 onde o brilho dos meus versos vem compor...
 o melhor sonho, de presente e de futuro.
 
 E desse beijo, novo verbo floresceu...
 Com lume, brilho, céu em noite reluzente.
 Verso infinito, que cresceu, se fez bonito...
 Um sonho nosso, colorido, efervescente.
 
 O verso hoje, que escrevo é teu somente...
 o eterno verbo, que por si, se definiu.
 E livremente, em teu colo, eu deposito...
 o sentimento... que enfim... me seduziu!!
 
 Dete Reis
 
 
  
 Opostos
 
 Gosto de viver com os opostos
 Mesmo sem entender...
 Consigo conviver
 Com o certo e o duvidoso
 
 Como posso ser feliz?
 Nem mesmo sei como entender
 Estes opostos que constroem
 Deste ser intrínseco
 
 Independente de convenções
 Continuo seguindo meu rumo
 Sem medo do que o destino
 Escondendo de mim
 
 Surpreendente, principio certo
 De tudo como deve ser
 Sem escolher o pior, ou o melhor,
 Modo de se viver.
 
 Ana Kilesse
 22/09/2009
 
 
  
 Sem um símbolo
 (Poetrix)
 
 Um repto eu cumpro
 sem protocolo romper
 este poetrix escrever.
 
 Iza Mota
 Recife - PE
 
 
  
 Bebo
 
 Bebo o enredo do teu sorriso,
 sorvo teu gosto num beijo,
 cheiro teu pescoço.
 
 Bebo o espírito do teu corpo,
 mexo com teu sexo, sem nexo,
 você pede bis e eu me doo.
 
 Bebo no copo colorido
 o teu desejo distorcido,
 desestruturo teu gosto.
 
 Bebo o teu sentido
 no meu leito, sem segredo,
 me sinto pronto.
 
 Cássia Valente
 
 
  
 Eh! Sem Ele é Fogo!
 
 Entre um e outro cochilo,
 entrego Deus meu,
 o equilíbrio de, sem motivo,
 poder escrever como num espelho ...
 Repetir, esconder,
 sem entender ou conhecer,
 o ledor do genuíno
 e envolvente informe.
 Ele explicou de modo escorreito,
 ou por descuido,
 o sumiço deste símbolo
 que se foi, se escondeu...
 É frequente!
 Onde? Por quê?
 Contruir bons intelectos ...
 "Penso, logo existo" ...rs.
 
 Nídia Vargas Potsch
 @Mensageir@
 Rio de Janeiro - RJ - 27/09/2009
 
 
  
 Versos sem um Símbolo
 
 Meu peito dolorido, profundo
 Desgosto composto
 Do supremo esforço
 Grito...leito desfeito
 Ninho perdido...
 Infinito deserto.
 
 Momentos de desconforto
 Desfeito o insulto
 Mentiste um pouco
 Sem temor, com um sorriso perverso.
 
 Nos meus versos, imersos
 Sonho com o ser perfeito, eleito
 Desejo que verte e que ergo
 Dentro do templo no culto.
 
 Como posso lhe perder?
 Viver sem você, esquivo.
 Morrer por você, ser o motivo
 
 Nelim Monti
 
 
  
 Tudo perdido
 
 Sentindo-se sozinho
 Ficou inerte e descobriu
 Que tudo que perdeu
 Ficou no mundo escondido
 
 Somente ódio e dor restou
 O peito se fechou e o corpo tremeu
 Sentiu medo enorme
 E sozinho continuou.
 
 Tentou. Perdeu.
 Querendo que tudo volte
 Viu o mundo ruir desde o inicio
 Insuficiente o que fez.
 
 Célia Bosco
 
 
  
 Poemeto
 
 Posso ser feliz
 escolhendo escrever
 simples poemetos,
 ou permitindo-me
 esquecer o que
 me entristece...
 Vivendo, descobrindo,
 sendo espelho de mim.
 Entretenimento louco
 ou luzes do existir?
 
 Zenaide Giovinazzo
 São Paulo - SP - 19/09/2009
 
 
  
 Tu és o meu sonho...
 
 Fico contigo,
 Deito-me no teu peito
 Como se fosse o teu colo,
 E nele ponho o meu ouvido...
 
 Procuro um jeito
 De descobrir o que ocorre
 Dentro do teu peito
 Ouço soluços
 E um gemer de dor...
 
 Penso que é o desejo
 De conviver comigo
 Entre sorrisos e beijos...
 
 Fico reflexivo, penso...
 Sinto-me triste
 No silêncio
 De um mundo onírico.
 
 Vem! Te imploro
 Diz-me o que sentes
 Estou enlouquecido
 Por ti...
 Peço-te, quero te ver
 Pode ser nos meus sonhos...
 
 Mesmo sendo tudo um sonho,
 Quero que continues
 Todos os momentos
 Nos meus sonhos,
 Vem! quero contigo
 Viver o meu sonho.
 
 Tarcísio Ribeiro Costa
 
 
  
 Nosso 
momento perdido
 
 Com emoções, percorri um tempo que se foi.
 Com triste sentimento, eu vi seu rosto envelhecido,
 melhor se estivesse longe,
 de seus olhos perdidos.
 Porque temos que envelhecer
 longe de quem é nosso estímulo de prosseguir.
 Foi doloroso perceber que nosso tempo se foi.
 Restou somente esse ilusório sentimento,
 de que fizemos o melhor que pudemos.
 Por isso, fui seguindo, meu destino,
 e inventei sonhos.
 Neles mergulhei e pude seguir em frente,
 entorpecendo meu lento sofrimento.
 Hoje, vendo você percebo,
 que tudo que sentimos ficou como eco,
 dentro de nós.
 repetindo emoções,
 e sentimentos,
 sem nenhum direito de ser revivido,
 porque nosso momento perdido,
 foi só o que ficou.
 
 Augusta Melo
 Rio de Janeiro - RJ
 
 
  
 Somente Versos
 
 Noites e noites sonhei com você,
 meus olhos tristonhos e frios
 docemente se comovem...
 prometendo sonhos risonhos
 num futuro promissor...
 Vem, fique comigo!
 acredite nos meus sonhos
 e me deixe ser feliz no limite certo.
 Te quero como o sol quer o brilho
 que ele mesmo reflete no céu escuro,
 colorindo como ouro, seu sentimento tedioso.
 Escrever é um consolo,
 mesmo que o vento semeie, somente versos comovidos,
 exprimindo por mim, sentimentos de dor.
 
 faffi/Silvia Giovatto
 30/09/09
 
 
  
 Sentidos...
 
 Silencioso universo
 De um poético sentir,
 Que, sereno, flui em verso
 Pro sentimento eclodir ...
 
 Maria Emília Leitão 
Medeiros Redi
 (Mel Redi)
 
 
  
 O que nos foi proibido
 
 O que nos foi proibido
 Surge imenso de meu cerne
 Num frescor de um bem querido
 Dizendo seus livres versos
 
 O que nos foi proibido
 É - nos bem precioso
 Que, em frente do inimigo
 Por prudente, esconde-se zeloso
 
 O que nos foi proibido
 Cresce em nós - perdemos seu controle
 Num tempo de viver como ninguém pôde
 
 O que nos foi proibido
 Levou os nossos medos
 Devolvendo-nos, incólumes, nossos segredos
 
 Maria Luiza Bonini
 São Paulo - SP - 04/10/2009
 
 
  
 Fé
 (Poetrix)
 
 Tem gente que tem Fé, é muito bom.
 É preciso ter respeito e virtudes no viver.
 Este verso quer dizer, que é bom crer.
 
 Heloisa Abrahão
 Santa Catarina
 
 
  
 Templo 
do teu corpo de mulher...
 
 Neste momento, o brilho dos teus olhos
 Preenche os meus ímpetos sentidos,
 Beijo o teu rosto de mulher, que bem me quer...
 
 Os nossos pertences; prendemos nos mil folhos,
 E nos vemos contentes nos espelhos refletidos,
 E o desejo cresce irrequieto neste teu corpo de mulher...
 
 Solto os teus medos, e neste voluptuoso momento,
 Contemplo o deleitoso templo do teu corpo
 Onde muitos segredos enfim, em ti se escondem...
 
 Dormem ébrios os meus versos no relento,
 E neste efêmero silêncio do mundo, encorpo
 Os excelsos sentimentos que por ti respondem...
 
 Irredutivelmente, tens tu mulher, o domínio que edito,
 Nossos suores se confundem, somos como cipós
 Entretecidos nestes sentimentos de regozijos...
 
 Tenho-te de corpo e espírito, tu és o regozijo que vivo
 Neste jubiloso momento, em que somos nós,
 Nós dois somente, entre risos, murmúrios e gemidos...
 
 E nestes incógnitos percursos, percorro com desejo 
intenso
 O teu curvilíneo corpo, e descubro o vértice do teu querer,
 E onde de um grito, sentimos fluir, o nosso deleite...
 
 E deste momento, o sono te cinge sem nenhum senso,
 Olho-te, e beijo teu lindo rosto de mulher, meu benquerer
 De corpo e espírito, pois este mimo é o nosso sublime enfeite...
 
 Nivaldo Ferreira
 
 
  
 Este 
pequeno ser teme que um choro
 
 Este pequeno ser teme que um choro
 Convulsivo de inverno, que vem sério,
 Com pseudônimos, pouco de mistério,
 Tome todo esse peito, sem decoro;
 
 Primeiro, e cedo, neve que olho e oro.
 Temo o tempo indiscreto, seu império;
 Depois dores sem jeito, (viro um ébrio),
 Enfim, com poderio que incorporo;
 
 Oh! Como foi gentil, tempo de jovem!
 É meu conforto sempre rever os elos
 E, curvo-me mesmo que me reprovem
 
 Pois juízo é pioneiro; bem singelo,
 Porque estes frios invernos movem
 Moinhos por modelo... Ou por libelo
 
 Marlene Vieira Aragão
 
 
  
 Sonhos, desejos!
 
 Recordo teus beijos
 Sinto imenso desejo
 De vê-lo de novo.
 Num espelho ilusório
 Vejo teus lindos olhos,
 Fulgindo no escuro. É noite...
 Vivo um lindo sonho...
 Estou demente, suponho...
 De novo, voluptuosos desejos,
 De suor, molho meu corpo inteiro
 No sopro morno deste teu cheiro
 Insólito, brejeiro...
 Sonho com os teus beijos...
 Vem logo, ousemos ir direto no ponto!
 Te quero! Confesso, pronto!
 Nego estender-me pelos meios,
 Despe meu corpo, toque meus seios...
 Voe comigo! Voemos sob os lençóis,
 P'ro mundo dos duendes, dos heróis
 Vem viver esse momento de deleite
 Nossos corpos desnudos
 Num "tour" pelo éden
 No lirismo desse sonho mudo...
 
 Maria Helena Camilo
 
 
  
 Olhos de Luz
 
 Foco, eu olho seus Olhos
 neste universo verde confio
 sem temer perder o controle
 dos sentimentos
 que me envolvem,
 me entrego, mergulho
 neste Sonho.
 
 Antonio C. Almeida
 
 
  
 Como 
escrever?
 
 Como escrever
 sem o símbolo proibido?
 É difícil mesmo
 por isso termino
 sem o fim devido.
 
 Carlos R. Lemberg
 Curitiba - PR - 09/10/2009 - 21:38 hs
 
 
  
 Compondo o diferente...
 
 Vou dizer o que sentido;
 No verso teço o destino
 E sem sopro no voo ido,
 Pouso vendo, vê se rimo?
 
 Compondo o diferente
 No sopro o riso é hino
 E o sentimento incoerente
 É som inverso do violino.
 
 Compondo o diferente
 Do copo vertendo vinho
 Sorvo goles do presente
 Brindo dores e o espinho!
 
 Compondo o diferente
 Bêbedo, não vê sentido
 Punir este ser vivente
 Que ébrio foi iludido...
 
 Compondo o diferente
 Se morto outono findou
 Num descrever inerente
 Os deleites que sonhou...
 
 Compondo o diferente
 Dizendo vento é litúrgico
 Sem preces nesse repente
 O verso sem fé é teúrgico!
 
 Deth Haak
 "A Poetisa dos Ventos"
 Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do - RN
 Cônsul Poeta Del Mundo – RN
 Embaixadora Universal da Paz
 
 
  
 O destino do Serelepe!
 
 Um serelepe
 Vive em mequetrefe
 De noite dentro do sebe
 Tomou um pileque
 Pobre Serelepe - jetio moleque
 No destino cruel
 Do preto sem destino
 Gente leque que ferve
 Nem enfermo
 Logo fenece
 Mísero Serelepe
 Deus te leve
 No lombo do burro-grego
 No fundo de Poseidon
 Serelepe vulgo mequetrefe
 Bom de goró
 Luz do fim dos tempos
 No choro recolhido
 De um povo oculto
 Que vive em poros de fél
 No poço de Jesefel!!!!!
 
 Ednei Freires dos Santos
 
 
  
 Observações:
 
  
	1 - Esta Ciranda teve por “Carro Chefe”  a 
Poesia “Soneto sem um Símbolo” da Poetisa Sônia Maria J. Sogawa e  escolhemos 
também uma espécie de
trieto, 
melhor dizendo uma conversa entre três Poetisas  
para encerrarmos a
Ciranda
com Chave de Ouro.
 2 -
Para que entendam, é a história do início da amizade entre as seguintes 
Poetisas, Sônia Maria J. Sogawa,
Teresa Nunes e Valéria Linhares Bastos, há
aproximadamente 5 anos.
 
 Tê = Teresa (escreveu pra mim (Sônia));
 Vó = Valéria (escreveu pra Teresa);
 Witch sou eu (Sônia), escrevi pras duas.
 O VRUMMMMMM é o voo da Bruxa;
 
 Fruto 
proibido = jabuticaba. Muita risada. Nossa correspondência é toda
aberta ao 
grupo inteiro. Somos 15 senhoras, a caçula tem 52 anos.
 
						Teresa Nunes escreveu:
 Você é o meu estímulo
 Em poder seguir no trilho
 Dos versos com redondilhos.
 Porém digo, e isso é certo
 Nem questiono, nem temo
 Sou muito ruim nesses termos.
 O convite do site
 Eu nem recebi
 Porém tenho medo
 Do que escreverei sobre o tempo.
 Tenho uns escritos de tempos
 Que escondo no meu cofre
 Nem sei se te mostro,
 Pois ler, pode ser de morte
 Beijos doces te envio
 Com gosto de licor
 De fruto proibido
 De dizer nesse esporte
 Me despeço de você
 Com muito, muito love
 
 Em tempo: Tô sem MSN..
 Isso é um chooooque...!!!!
 
 Valéria Linhares Bastos escreveu:
 
 Tê você me lembrou
 De um tempo que se foi
 Onde eu conheci Witch
 E o love começou
 
 Eu (Sônia) escrevi :
 
 Nosso escrever foi o ponto
 no site que longe deixei
 o começo de um conto
 outro nem experimentei
 
 Fiquei muito feliz
 do encontro, um primor
 vocês... o que sempre quis
 comento com despudor
 
 Tê e Vó sempre presentes
 os versos compondo
 muito divertimento
 o tópico sempre subindo
 
 Encontro no Shopping Del Rey
 com Tê, esposo e pupilo
 presente de witch, que nem pensei
 comemos no chinês... por quilo
 
 No Sul fui bem depois
 Vó sempre me compreendeu
 hotel dividimos por dois
 pro Cônsul me hospedou
 
 Mudou nosso viver
 somos muito felizes
 foi simples escolher
 sofremos poucos deslizes
 
 Hoje o meu peito
 é todo de vocês
 somos quinze, não tem jeito
 sentimento é cortês
 
 De meu grupo... muito gosto
 sinto é o longo percurso
 lembro-me e me recosto
 Internet diminui o curso
 
 Beijos de Witch e...
 
 VRUMMMMMMMMMMMMMMMMMM
 19/09/2009
 
 
  
 
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