Cultura Científica: Labirintite

Recebi em 30/07/2016
 


Labirintite: O que é

Labirintite é qualquer alteração que afeta o labirinto, uma estrutura que fica na parte interna do ouvido e está intimamente relacionada ao equilí-brio.

A neurologista Carla Jevoux, membro da Academia Brasileira de Neurolo-gia, explica que no labirinto existem alguns canais chamados circulares, dentro deles existem cristais que comunicam ao sistema nervoso exata-mente nosso posicionamento no espaço.

Se eu virar de cabeça para baixo, os cristais se deslocam para esse sen-tido, então meu cérebro sabe que eu estou de cabeça para baixo, es-clarece.

A labirintite ocorre por causa de qualquer acometimento que altere o fun-cionamento do labirinto.

Causas

Essa dinâmica pode mudar quando ocorrem certas alterações no organis-mo:

- Mudanças metabólicas: Quando o sangue que passa perto dos canais do labirinto está sujo, pode haver confusão e tontura.

Entre os fatores que sujam o sangue, estão colesterol alto, diabetes, hipertensão ou ingestão de alimentos como cafeína, chocolate e doces em geral e álcool.

- Alterações na coluna cervical e otites: A artéria labiríntica passa pela coluna cervical e qualquer desgaste nessa região pode acometer o fluxo sanguíneo para o labirinto.

Da mesma forma, as doenças próprias do ouvido (otites) também podem prejudicar o labirinto.

- Causas emocionais: Estresse, ansiedade, aborrecimentos e perda podem prejudicar o labirinto.

- Enxaqueca: É comprovado que, durante uma crise de dor de cabeça, o labirinto entra em desequilíbrio.

Sintomas

Quando ocorre uma crise de labirintite, as queixas mais comuns são:

- Tontura (sensação de estar pisando no vazio)

- Vertigem (sensação de que o ambiente está girando)

- Náuseas

- Vômitos

- Sudorese

- Perda de audição ou audição diminuída, zumbidos

- Dificuldade de focar o olhar

Tratamento

O tratamento para o distúrbio de labirinto pode ser feito com medicamen-tos, fisioterapia e exercícios específicos.

Se a causa for um desequilíbrio no organismo, de ordem física ou emocio-nal, o tratamento deverá ser, primeiramente, voltado para tratá-la.

Durante a crise, a recomendação é manter o olhar em um ponto fixo e tentar se equilibrar.

A especialista explica também que caminhar também pode ajudar uma vez que você olha para frente e observa as coisas ao seu redor e o aparelho ocular manda estímulos para o labirinto e diz ‘estamos de pé’.

Evite deitar e ficar de olhos fechados, uma vez que isso tornará ainda mais difícil para o labirinto se situar no espaço.

Colaboração da amiga Marilena Pessoa



 


 
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