Texto: Apresentação: Boiadeiros
 

Atualização: Maio de 2024
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Boiadeiros

São espíritos de pessoas, que em vida trabalharam com o gado, em fa-zendas por todo o Brasil, estas entidades trabalham da mesma forma que os Caboclos nas sessões de Umbanda.

Usam de canções antigas, que expressam o trabalho com o gado e a vida simples das fazendas, nos ensinando a força que o trabalho tem e pas-sando, como ensinamento, que o principal elemento da sua magia é a força de vontade, fazendo assim que consigamos uma vida melhor e farta.

Nos seus trabalhos usam de velas, pontos riscados e rezas fortes para todos os fins.

O Caboclo Boiadeiro traz o seu sangue quente do sertão, e o cheiro de car-ne queimada pelo sol das grandes caminhadas sempre tocando seu berrante para guiar o seu gado.

Normalmente, eles fazem duas festas por ano, uma no inicio e outra no meio do ano.

Eles são logo reconhecidos pela forma diferente de dançar, tem uma coreo-grafia intricada de passos rápidos e ágeis, que mais parece um dançarino mímico, lidando bravamente com os bois.

Seu dia é quinta feira, gosta de bebida forte como, por exemplo, cachaça com mel de abelha, que eles chamam de meladinha, mas também bebem vinho.

Fumam cigarro, cigarro de palha e charutos.

Seu prato preferido é carne de boi com feijão tropeiro, feito com feijão de corda ou feijão cavalo.

Boiadeiro também gosta muito de abóbora com farofa de torresmo.

Em oferendas é sempre bom colocar um pedaço de fumo de rolo e ci-garro de palha.

No Terreiro os Boiadeiros vêm “descendo em seus aparelhos” como estives-sem laçando seu gado, dançando, bradando, enfim, criando seu ambiente de trabalho e vibração.

Com seus chicotes e laços vão quebrando as energias negativas e descar-regando os médiuns, o terreiro e as pessoas da assistência.

Os fortalecendo dentro da mediunidade, abrindo as portas para a entrada dos outros guias e tornando-se grandes protetores, assim como os Exus.

Alguns usam chapéus de Boiadeiro, laços, jalecos de couro, calças de bom-bachas, e tem alguns, que até tocam berrantes em seus trabalhos.

Nomes de alguns Boiadeiros

Boiadeiro da Jurema, Boiadeiro do Lajedo, Boiadeiro do Rio, Carreiro, Boiadeiro do Ingá, Boiadeiro Navizala, Boiadeiro de Imbaúba, João Boia-deiro, Boiadeiro Chapéu de Couro, Boiadeiro Juremá, Zé Mineiro, Boiadeiro do Chapadão, etc.

Sua saudação: Jetruá (Xetruá) Boiadeiro, Xetro Marrumbaxêtro.

Os Boiadeiros são entidades que representam a natureza desbravadora, romântica, simples e persistente do homem do sertão, “o caboclo sertane-jo”.

São os Vaqueiros, Boiadeiros, Laçadores, Peões, Tocadores de Viola.

O mestiço Brasileiro, filho de branco com índio, índio com negro e assim vai.

Os Boiadeiros representam a própria essência da miscigenação do povo brasileiro: nossos costumes, crendices, superstições e fé.

Ao amanhecer o dia, o Boiadeiro arrumava seu cavalo e levava seu gado para o pasto, somente voltava com o cair da tarde, trazendo o gado de volta para o curral.

Nas caminhadas tocava seu berrante e sua viola cantando sempre uma modinha para sua amada, que ficava na janela do sobrado, pois os grandes donos das fazendas não permitiam a mistura de empregados com a patroa.

É tal e qual se poderia presenciar do homem rude do campo.

Durante o dia debaixo do calor intenso do sol ele segue, tocando a boiada, marcando seus gados e território.

À noite ao voltar para casa, o churrasco com os amigos e a família, um bom papo, ponteado por um gole de aguardente e um bom palheiro, e nas festas muita alegria, nas danças e comemorações.

Sofreram preconceitos, como os “sem raça”, sem definição de sua origem.

Ganhando a terra do sertão com seu trabalho e luta, mas respeitando a natureza e aprendendo, um pouco com o índio: suas ervas, plantas e curas; e um pouco do negro: seus Orixás, mirongas e feitiços; e um pouco do branco: sua religião (posteriormente misturada com a do índio e a do ne-gro) e sua língua, entre outras coisas.

Dá mesma maneira que os Preto-Velhos representam a humildade, os Boiadeiros representam a força de vontade, a liberdade e a determinação que existe no homem do campo e a sua necessidade de conviver com a natureza e os animais, sempre de maneira simples, mas com uma força e fé muito grande.

O caboclo Boiadeiro está ligado com a imagem do peão Boiadeiro – habilido-so valente e de muita força física.

Vem sempre gritando e agitando os braços como se possuísse na mão, um laço para laçar um novilho.

Sua dança simboliza o peão sobre o cavalo a andar nas pastagens.

Enquanto os “Caboclos índios” são quase sempre sisudos e de poucas pala-vras, é possível encontrar alguns Boiadeiros sorridentes e conversadores.

Os Boiadeiros vêm dentro da linha de Oxossi.

Mas também são regidos por Iansã, tendo recebido da mesma a autoridade de conduzir os eguns da mesma forma que conduziam sua boiada quando encarnados.

Levam cada boi (espírito) para seu destino, e trazem os bois que se des-garram (obsessores, quiumbas, etc.) de volta ao caminho do resto da boiada (o caminho do bem).

Sobre nossos Caboclos Boiadeiros

Os Caboclos são entidades fortes, viris.

Alguns têm algumas dificuldades de se expressar em nossa língua, sendo normalmente auxiliados pelos cambonos.

São sérios, mas gostam de festas e fartura.

Gostam de música, cantam toadas que falam em seus bois e suas andanças por essas terras de meu Deus.

Os Boiadeiros também são conhecidos como “Encantados”, pois segundo algumas lendas, eles não teriam morrido para se espiritualizarem, mas sim se encantados e transformados em entidades especiais.

Os Boiadeiros também apresentam bastante diversidade de manifestações.

Boiadeiro Menino, Boiadeiro da Campina, Boiadeiro Bugre e muitos outros tipos de Boiadeiros, sendo que alguns até trabalham muito próximos aos Exus.

Suas cantigas normalmente são muito alegres, tocadas num ritmo gostoso e vibrante.

São grandes trabalhadores, e defendem a todos das influências negativas com muita garra e força espiritual.

Possuem enorme poder espiritual e grande autoridade sobre os espíritos menos evoluídos, sendo tais espíritos subjugados por eles com muita faci-lidade.

Sabem que a prática da caridade os levará a evolução, trabalham incorpo-rados na Umbanda, Quimbanda e Candomblé.

Fazem parte da linha de Caboclos, mais na verdade são bem diferentes em suas funções.

Formam uma linha mais recente de espíritos, pois já viveram mais com a modernidade do que os Caboclos, que foram povos primitivos.

Esses espíritos já conviveram em sua última encarnação com a invenção da roda, do ferro, das armas de fogo e com a prática dada magia na terra.

Saber que Boiadeiros conheceram e utilizaram essas invenções nos ajuda muito para diferenciarmos dos Caboclos.

São rudes nas suas incorporações, com gestos velozes e pouco harmoni-osos.

Sua maior finalidade não é a consulta como os Preto-Velhos, nem os passes e muito menos as receitas de remédios como os Caboclos, e sim o “dis-persar de energia” aderida a corpos, paredes e objetos.

É de extrema importância essa função, pois enquanto os outros guias po-dem se preocupar com o teor das consultas e dos passes, existe essa linha “sempre” atenta a qualquer alteração de energia local (entrada de espí-ritos).

Quando bradam alto e rápido, com tom de ordem, estão na verdade ordenando a espíritos que entraram no local a se retirar, assim “limpam” o ambiente para que a prática da caridade continue sem alterações.

Esses espíritos atendem aos Boiadeiros pela demonstração de coragem que os mesmos lhes passam e são levados por eles para locais próprios de dou-trina.

Em grande parte, o trabalho dos Boiadeirosé no descarrego e no preparo dos médiuns”.

Os fortalecendo dentro da mediunidade, abrindo a portas para a entrada dos outros guias e tornando-se grandes protetores, como os Exus.

Outra grande função de um Boiadeiro é manter a disciplina das pessoas dentro de um terreiro, sejam elas médiuns da casa ou consulentes.

Costumam proteger demais seus médiuns nas situações perigosas.

São verdadeiros conselheiros e castigam quem prejudica um médium que ele goste.

Gostar” para um Boiadeiro, é ver no seu médium coragem, lealdade e honestidade, aí sim é considerado por ele “filho”.

Pois ser filho de Boiadeiro não é só tê-lo na coroa.

Trabalham também para Orixás, mais mesmo assim, não mudam sua fina-lidade de trabalho e são muito parecidos na sua forma de incorporar e falar, ou seja, um Boiadeiro que trabalhe para Ogum é praticamente igual a um que trabalhe para Xangô, apenas cumprem ordens de Orixás diferentes, não absorvendo, no entanto as características deles.

Dentro dessa linha a diversidade encontra-se na idade dos Boiadeiros.

Existem Boiadeiros mais velhos outros mais novos, e costumam dizer que pertencem a locais diferentes, como regiões, por exemplo: Nordeste, Sul, Centro-Oeste, etc.

Os Boiadeiros representam a própria essência da miscigenação do povo brasileiro: nossos costumes, crendices, superstições e fé.

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Data Comemorativa De Boiadeiro
na Umbanda 02 De Julho

Os Boiadeiros podem parecer um pouco carrancudos, pois são de poucas palavras, mas na verdade possuem um grande coração capaz de auxiliarem a todos com muita simplicidade, fé e principalmente: o amor à vida.

Eles já participaram do mesmo plano que nós, tiveram os seus objetivos de vida carnal cumprido e se tornaram Guias Espirituais da Umbanda após desencarnarem.

Todas as suas comunicações, – inclusive os pontos cantados – remetem-se a vida no campo, a força de vontade, ao amanhecer e ao despertar de atitudes e garra de um boiadeiro, vaqueiro ou pastoreiro.

Portanto, possuem desde sempre uma ligação respeitosa com a natureza e com o seu ciclo harmônico e é por isso que são orientadores tão especiais em todas as giras de Umbanda que participam.

Jetruá (Xetruá) Boiadeiro

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Oferendas

Qual é a oferenda para Boiadeiro?

As oferendas para os Boiadeiros devem ser postas em pastagens ou campos, de preferência numa quinta-feira.

Recebem suas comidas, bebidas e flores.

Em oferendas é sempre bom colocar um pedaço de fumo de role e cigarro de palha.

Suas plantas são principalmente a samambaia e a jurema, e aceitam todas as flores.

Os Caboclos Boiadeiros são mais ligados à Linha de Xangô.

Como agradar os Boiadeiros?
 
O que os Boiadeiros gostam:

Frutas:

Laranja, limão, abacaxi, carambola e uva.

Pratos:

Caldo de mocotó, arroz carreteiro, arroz com lentilha, costela de boi, carne seca desfiada e feijão tropeiro.

Bebidas:

Suco de frutas cítricas, vinho tinto, vinho branco e pinga.

Qual a cor da vela de Boiadeiro na Um-banda?

As velas utilizadas para oferendas para os boiadeiros são vela vermelha, vela bicolor (vermelha e branca), azul Royal (Ogum) e amarela (Iansã).

O quê boiadeiro fuma?

Fumam cigarro, cigarro de palha e charutos.

Qual o prato preferido dos Boiadeiros?

É carne de boi com feijão tropeiro.
Feito com feijão de corda ou feijão cavalo.
Também gosta muito de abóbora com farofa de torresmo.

Fonte: Google e Páginas da Internet

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