Grita a terra, as fendas rascadas pelas bombas.
Que aleija e mata nossos irmãos.
Corpos mutilados, pedaços espalhados como restos
jogados nas covas dos leões.

Grita a terra, a morte de cada um.
Aos pedaços em ferida, sangra a mutilada.
Pede trégua pede compaixão.

Grita a terra, no ventre mater, como um pesadelo na escuridão.
O apelo a suplica, invisíveis somos todos!
Diante das palavras mortas, que ferem!
Das armas que não atiram, e que matam!
da hipocrisia, da fome, da dor...
Grita a terra, somos parte de um mesmo Cordame
Vinde em PAZ!
me ame!

Yvonne Anita Müller
Atibaia - SP



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