Fim de tarde


A tarde se põe triste
E de névoas embala minha vontade
Neste sonolento abril e fim de dia.
São folhas secas de outono
Que caem triste das árvores
Se arrastam suaves pelo chão
E são levadas pelo vento
Levando com elas o meu silêncio
E meu olhar triste envolto de saudade
Neste abandono a tarde empalidece
Meus sonhos murcham numa quietude mística
O coração fragilizado despenca no meu quarto
E são levados pela brisa da meia claridade
Deixando fixado em minha mente
A imagem de um beijo do homem amado.

Rose Sadalla
Rio de Janeiro - RJ - 06/04/2003



 

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