Do medíocre, é o exato apanágio
de conduta de cunho imoral;
desprezemos quem usa do plágio
para dar vista a seu cabedal.

Tive um tranco que me pôs patético
ao notar que um soneto que eu lia,
ainda que de meu veio poético,
já ganhara uma outra autoria.

Passei mal, tive dores na destra;
como a ver um de meus filhos ser
frágil vítima de quem sequestra
na surdina, sem nada dizer.

Ainda bem que reavi meus direitos
neste embate com o pseudoautor.
Creio até que mudei seus conceitos,
pois deixou de ser um plagiador.

Aspirante a poeta, eu me vejo;
peço aos mais consagrados união.
Reforcemos urgente o desejo
de acabar de vez com plágio, então!

Catanduva SP, 03/11/2016.
Ógui Lourenço Mauri



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