Como a locomotiva...


Um afago seu é o que desejava...
Neste momento a noite é longa,
permaneço acordada.
As recordações fluem no silencio do quarto.
Não consigo dormir.
Vou ligar pra você. Vou dizer o quê?
Que o amo muito?
Não tem a menor graça ...
Isso você está cansado de saber.
Que desejo seu amor de volta
bem depressa, a todo vapor ....?
Feito uma locomotiva que tomba
e descarrilada apita
desesperadamente ...
É uma máquina caída dos trilhos
que como eu, se arrasta para voltar
pro aconchego uma vez mais ...
Ela, enredada em sua fumaça,
toda atrapalhada,
eu, envolta em amargas lágrimas
que rolam por minhas faces ...
sem parar ...
... e teimam a rolar ...
Não me deixam ver o caminho de volta.

Como posso lhe alcançar outra vez?

Onde anda você?

Nídia Vargas Potsch
@Mensageir@
Rio de Janeiro - RJ -
23/07/2002

Banner exclusivo do Site www.crlemberg.com.br
 

 
Anterior Próxima Poetas Menu Principal