Cidadão do mundo!


Sou cidadão do mundo,
sem pouso certo,
sem parada, nem fronteiras.
No Porto da Solidão sem fim,
carrego pedaços de mim ...
O fardo é grande e maltratado.
Recolhido, está sempre a meu lado,
para que jamais me esqueça,
que eu lancei, de vez, os dados ...

A esperança se foi há tempos,
quando lembro que em criança
pulava, jogava, cantava meu viver...
E hoje, com a escolha que me impus,
criei um círculo totalmente fechado
que me conduz à solidão, mais nada.

Ancorado neste meu Porto tristonho,
como um velho Cidadão Solitário,
procuro por meu amor que se foi,
para alcançar a paz ... nada mais ...

Nídia Vargas Potsch
@Mensageir@
Rio de Janeiro - RJ -
2003


 

 
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