Discutir para quê?
As palavras ásperas só nos fazem sofrer!
Tu és muito especial e não quero
te ofender, nem te machucar...
Se o meu amor te incomoda e te oprime,
chega! Vou embora para te deixar viver.

Não quero partir magoada pela acusação
de coisas que eu não fiz.
Desisto... É muito difícil...
muito difícil amar sozinha!

Agora, eu preciso de paz, do carinho
de alguém que me compreenda, que me goste,

que me aceite como eu sou...
Que me ame sem medos ou dúvidas...
Que aprenda a me ouvir para depois julgar.

Se outro alguém te feriu e te traiu,
pense um pouco... reflita que as pessoas
não são iguais, cada um é uma individualidade...
E enquanto tu não readquirires a confiança
em ti mesmo, jamais poderás amar, ou permitires
ser amado, ser feliz!
Aprenda a amar-te e perdoar-te.

Te gosto muito para ver-te triste,
acabrunhado, desconfiado...
Lute, lute por ti.
Veja quantas coisas boas a vida está a te oferecer,
e tu a ignorá-las sem, ao menos, tentares...

Hoje, talvez, não te importes.
Tu és ainda jovem, vigoroso, entretanto,
pensa no amanhã quando tuas pernas já
não agüentarem mais a caminhada...
Olharás para o lado e te sentirás ainda mais sozinho,
e te lembrarás com saudade daquela que um dia
te ofereceu seu coração, sua amizade, sua vida,
sua mão amiga, seu doce e divertido sorriso...
aquela com quem foste ríspido e a feriu, a magoou...
simplesmente a renegou.

Reflita que a caminhada a dois é menos penosa...
menos árida.
Que tendo apenas a companhia das dores,
da saudade, da solidão...
recordarás que tudo tiveste, mas não deste valor,
preferiste te isolar e a viveres como um ermitão!

Arneyde T. Marcheschi
Vitória - ES - 08/10/2002 - 17:00 hs