Pensamentos do Poeta Jorge Humberto

 

Poeta Jorge Humberto - Portugal

Jorge Humberto

*Por decisão do autor, os textos estão escritos de acordo com a antiga ortografia.

Atualização: Abril de 2024
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É a escrever que me sinto feliz

Basta-nos uma palavra amiga,
para levar de vencida
solidão, tristeza tamanha,
que vez outra, nos apanha.

Não custa nada ser solidário
mas tem quem nos perscrute o imaginário,
para se sentirem gente
de forma mais permanente.

Nascemos; morremos: certo e sabido;
que de nada vale andar oprimido
sem um amigo sequer
que se preocupe no quanto nos quer.

Traz, em teus lábios um sorriso
franco, sem pedir permisso;
aos olhos dos demais, sereno
verás, que à tua volta, tudo é mais ameno.

Não custa tentar sermos felizes
sem que no rosto se vejam as cicatrizes,
duma vida dura e difícil…
mas não te ostentes, sê subtil.

E assim, no chão a rodar, vai um pião,
e bate mais forte o teu coração.
De contrário, somos só nós a fingir
um outro qualquer, a nos mentir.

07/11/2021

Pensamento Analítico
(Analisemos o Pensamento)

Quando inicias um pensamento
terás de ter sempre bases sólidas para que
dele venha a nascer um entendimento,
nada prolixo a teus ouvidos e
aos de quem, em silêncio, te escutam
em perfeita compreensão.

A análise percebe recuos e avanços,
durante o processo de alinhamento
de um pensamento.
Não admitindo, no entanto, que quem
formaliza uma ideia ou um ideal caia
na banalização, de vir a julgá-la como algo
prescindível, com laivos de saturação.

Passando por cima dela - ao abrir as portas
do ardil -, que sempre é mais fácil
e conveniente...
Entretanto, em todo o pensamento, temos
de ser imparciais e bastante flexíveis, connosco.

É algo que requer paciência, inteligência
e conhecimento, sem medo de caminhar
pela inovação ou que venhamos a pôr
em causa seus fundamentos, quantas das
vezes, fora de qualquer contexto,
no que, à actualidade, diz respeito.
Pensar é um acto de muita responsabilidade!
Porque, no fim da jornada, o que formulaste
como pensamento, deixará de ser teu,
para ser de todos aqueles que te ouvem
quando pões, cá para fora, os alicerces do que
se espera, venha a revolucionar a vida de todos.

19/04/2009

À Assunção da diferença (Reflexão)

Que seria do feio,
Se não existisse o bonito?
Seria feio e importante
E nada mais haveria...
Gosto do bonito,
Sem exagero ou arrogância,
Do feio que é humilde,
Sem sofrimento ou lamento...
Mas daqueles, os outros que tais,
Não me peçam que os repare.
Do feio a riqueza:
É a sua própria aceitação;
Já a riqueza do bonito,
Vem
Da não exploração de sua beleza.

Aos Novos-Ricos
(Pensamento em linha recta)

Aqui, onde todos se julgam
Muito inteligentes
E possuidores
De uma qualquer esperteza,
(O que é, no mínimo,
E a todos os níveis
Duvidoso),

Não se estranhe
Os golpezinhos de baixo nível -
Utilizados e perpetrados -,
Por estas pessoas;
A quem fica a falsa ideia,
De haver de sua parte,
Um conceito de superioridade
Ante os demais.
Mas que mais se assemelham
A bestas ferozes
(A tradicional desassociação organizativa
Dos níveis do intelecto),
Prontas a defender
A qualquer custo,
As suas coleções
De objectos sugeridos
E oferecidos,
Nos [Top In] dos Ecrãs
Televisionados -
E que esta nova riqueza,
Lhes proporciona
Com uma facilidade extremosa,
De um desvio da verdade
Destas coisas da vida.

Amigos?
Que lhes importa as amizades?
Que não as de Ocasião
As de Momento,
As:
“Serve-por-agora-os-nossos-interesses”!

Seus amigos são só
Os que não lhes colocam dúvidas,
Nem discutem
Suas posições arrivistas
Nem o plinto,
Aonde agora se ergue a estátua mona
Que o embuste do dinheiro
E a sua fraqueza de espírito,
Moldaram...
Ah, mas raiz tão fraca assim,
Não viçará;
É que de terra ímpia
Estéril
Do mais que o chão se cobrir
Olhos de verdura,
Não se cobrirão:
Antes o choque visual
Da desolação.
O resto...

Um guarda-roupa
De selecção pouco criteriosa,
E a quantidade de tecidos
Berrantes, com dísticos falsos e imitativos
De seda barata,
Lhes há de proporcionar
O disfarce
De toda a sua mesquinhez,
A pequenez
Da sua condição.

Século XX: O Século da Barbárie

Abriu-se em dois o Mundo
E alto e bom som gritou-me
(Como quem não pede licença prá passar):
"Deves-me a vida,
Teu ser e o teu nome!..."
Mais alto a bom-tom,
Lhe gritei eu:
"Não te devo nada, Mundo
Obsceno,
Nem o Nome que é meu
Nem a vida, que não temo!..."
E o Mundo inflado,
Com ira tamanha,
Guardou em mim
e tremeu:

"Como ousas tu, ó filho da ralé,
Responder-me assim
Com tal desdém,

"Se tudo que vês me pertence,
Assim o segredo meu
E de mais ninguém?..."


(
Pensamentos Dantes & De Agora)

O Pensamento como Instituto

Sou direccionado ao pensamento
como um carro
é dirigido em plena auto-estrada.

Não faço do pensamento
meu senhor
mas é uma parte importante da minha pessoa.

Pensar é agir e interagir
com os outros
nos longos debates recorrentes.

Minha maior ambição
é fazer um livro
sobre o livre arbítrio do pensamento.

Como qualquer pessoa
sonho
mas o sonho é o pensamento enquanto se dorme.

Várias directrizes
do pensar pensar-se
é nos outros e está no bem-estar de cada um.

A inteligência é o
pensamento
reformulado com o intuito de ensinar.

Amo porque dirigi
meu pensamento
para o acto de amar e ser amado.

Nunca estou a sós
com o pensar-me
sempre me acompanha o intuito instituído.

Pensar faz dor de cabeça
mas é
imprescindível e necessário ao nosso bem-estar.

Pensar
é amar o desconhecido,
e fazer do sujeito parte integrante de nossas vidas.

24/07/2010



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