O CADERNO
Irani Gennaro


Sempre que dou início a um caderno,
Conduzo a caneta gentilmente,
Lembrando-me do conselho paterno,
No tempo em que eu era adolescente.

Mesmo quando me encontro em pleno inverno,
Aqueço-me ao lembrá-lo docemente
A dizer que o remorso é um inferno,
Que a vida é como o nosso caderno;

Cada um escrevendo o que bem quer. . .
Contudo a consequência que vier
Será oriunda do nosso ditado.
Dos atos por nos todos praticados.

Como será por fim a aparência
Do caderno de nossa existência
Ao narrar nosso presente ou passado. . .
Será limpo? Ou todo rasurado?


 

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