O Galo de Campina

Na cabeça uma cocuruta vermelha,
Da cor rubra do sangue de Jesus
Que foi derramado naquela cruz.
Imaginei, será que esse pássaro,
Esteve aos pés da cruz, no momento
Em que Jesus, o seu sangue verteu,
Sendo, assim, o testemunho exato,
Do sangue que por nós foi derramado?
O pássaro captou o meu pensamento,
E logo disparou naquele momento
A cantar um lindo e comovente canto,
Com tanta veemência e encanto
Como se estivesse a homenagear
Á Jesus. Será que ele entendeu
A minha hipótese e quis ratificar,
No seu lindo canto a grandeza
Desse ato santo, na singeleza
De verdadeiros sons musicais.
No galho da palmeira a balançar
Senti a natureza a se alegrar,
Os raios de sol, tinham um brilho
No firmamento cada vez mais azul,
Como se o universo de norte a sul
Quisesse, assim, a Jesus glorificar
Na simbologia da brilhante e rubra cor
Da cocuruta que estava a brilhar
Na cabeça do pássaro, uma coroa
Que sua cabeça ensanguentava.
Lembrei a coroa de espinhos
Na cabeça de Jesus, ensanguentada,
A sua maior prova de sublime amor.
Pensei, então, nessa minha analogia,
Brotada nas asas da imaginação...
Da janela, o pássaro, eu contemplava
E, com o seu canto, me emocionava.
Acho que o seu canto era uma oração
Em louvor ao Autor da Criação.
Pássaro bendito, momento bonito,
Eu e ele, unidos em profunda oração.

Ninita Lucena


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