Tudo Acabado

Recebi da Poetisa e amiga Yara Nazaré em 11/01/2010

TUDO ACABADO

(Dalva De Oliveira)



Tudo acabado entre nós,
Já não há mais nada
Tudo acabado entre nós
Hoje de madrugada


Você chorou eu chorei,
Você partiu e eu fiquei
Se você volta outra vez
Eu não sei...


Nosso apartamento agora
Vive a meia luz
Nosso apartamento agora
Já não me seduz

Todo egoísmo veio de nós dois
Destruímos hoje
O que podia ser depois

***********

Formatado por: Yara Nazaré
Letra e música:
enviadas pelo nosso amigo, Otacílio esposo de Teca.

********

Lembro que minha mãe tinha um caderno de letras de músi-cas e, quando casei, ela me presenteou com ele.

E, já nas décadas de 60 e 70, quando eu embalava meus filhos na hora de dormir, abria o caderno e soltava minha voz can-tando aquelas músicas, com letras incríveis, nas quais havia enredo, romance, e muita poesia.

Entre elas estavam as músicas cantadas pela Dalva de Oliveira e outras gravadas pelo Trio de Ouro do qual ela fazia parte com Herivelto.

Antes, acompanhávamos todo o desenrolar do romance con-turbado de Dalva e Herivelto, através da Revista do Rádio, da revista, O Cruzeiro e pelo rádio mesmo.

Para vocês, mais um sucesso da grande estrela da música brasileira.

Abraços.
Yara Nazaré

E, saibam um pouco mais sobre...

DALVA DE OLIVEIRA

Grandiosa intérprete da música popular brasileira, nascida em de Rio Claro/ São Paulo.

A extensão de sua voz, ia do contralto ao soprano e ela mar-cou época como uma das grandes estrelas dos anos 40 e 50.

Seus pais, o carpinteiro e clarinetista, Mário Antônio de Olivei-ra, o Mário Carioca e Alice do Espírito Santo Oliveira, nascida em Portugal mas naturalizada brasileira, que trabalhava fazen-do salgadinhos para vender.

Teve mais três irmãs meninas, Nair, Margarida e Lila, e um ir-mão que nasceu com problemas de saúde e morreu ainda cri-ança.

Dalva e suas irmãs, estudaram em um internato de Irmãs de caridade, o Internato Tamandaré, onde ela teve aulas de piano, órgão e canto.

Devido uma séria infecção nos olhos, saiu do internato (1928) e trabalhou então como arrumadeira, como babá e ajudante de cozinha em restaurantes.

A família se transferiu para o Rio de Janeiro (1934), onde foram morar à Rua Senador Pompeu, na tentativa de investir na carreira de cantora.

Empregou-se como costureira numa fábrica de chinelos, da qual um dos proprietários, o Milton Guita, conhecido como Mi-longuita era diretor da Rádio Ipanema, a atual Mauá, e este convidou-a para um teste na Rádio Ipanema.

Aprovada, logo depois transferiu-se para as Rádios Sociedade e Cruzeiro do Sul, onde cantou ao lado de Noel Rosa.

Depois, passou pela Rádio Philips e finalmente conseguiu tra-balho na Rádio Mayrink Veiga.

Trabalhou (1936) na temporada popular da Casa de Caboclo, do Teatro Fênix, onde atuou ao lado de Jararaca e Ratinho, Al-varenga e Ranchinho, Ema D'Ávila, Diamantina Gomes e Antô-nio Marzullo.

No mesmo período, trabalhou na Cancela, em São Cristóvão, num teatro regional onde ela apresentava números imitando a atriz Dorothy Lamour, e lá conheceu Herivelto Martins, com quem fez dupla e casou-se (1937) e o casal teve seus dois fi-lhos, o cantor Pery Ribeiro e o produtor de programas televi-sivos da TV Globo, Ubiratã.

Gravaram o primeiro disco (1937) na RCA Victor, com as músi-cas Itaguaí e Ceci e Peri, razão do nome do seu primeiro filho, o futuro cantor Pery Ribeiro.

Transferiram-se para a Rádio Tupi e para a gravadora Odeon. Participou do filme Berlim na batucada (1944) e Caídos do céu (1946).

Separou-se (1947) de Herivelto e casou-se (1949) com o ar-gentino Tito Clement e foram morar em Buenos Aires.

Retornou ao Brasil (1950), separou-se (1963) de Clement e de-pois casou-se com Manuel Carpinteiro.

Sofreu um grave acidente automobilístico (1965), sendo obri-gada a abandonar a carreira por alguns anos.

Retornou (1970), lançando um dos grandes sucessos do ano e também seu último: Bandeira branca, marcha-rancho de Max Nunes e Laércio Alves.

Morando em uma confortável casa no bairro carioca de Jaca-repaguá, no Rio de Janeiro, fez apresentações no Teatro Tere-za Raquel e em vários programas de televisão e em shows e faleceu dois anos depois vítima de hemorragia no esôfago.

*******
 
Se desejar ouvir mais músicas Nacionais clique em
Voltar ou escolha a opção desejada
 
Voltar Músicas Menu Principal