Disparada

Recebi da Poetisa e amiga Gui Oliva em 09/05/2014

O céu em festa, não há espaço para citar os (as) tantos (as) que lá estarão festivos recebendo o espírito do cantor especial de todos os estilos musicais, a voz abençoada pelo dom dado por  Deus,  e ajudando abrir as portas para a chegada da ALEGRIA agora eternizada.

Pedindo licença aos autores mas, agora,  aos versos de Disparada se poderia acrescentar...

agora sou cavaleiro

alegria eterna serei

laço firme e braço forte

num reino que não tem rei

lalá lala lalalaiá lala lala lalalaiá

A Voz do jovem  Cantor JAIR RODRIGUES  foi aquela que naquele histórico Festi-val  da Record, aqueles(as) que tiveram o privilégio de assistir e mesmo participar vão lembrar,  não só alcançou o título para   o  Cantor  de Melhor Intérprete do Fes-tival, mas também  levou Disparada a disparar para o primeiro lugar repartido, democraticamente, com A Banda do também jovem  Chico Buarque.

Agora, o Senhor Sorriso com a sua inesperada  partida deixou todos, sua família querida, seus amigos(as), seus parceiros musicais, a multidão de admiradores pelo Brasil afora e pelo Mundo, atônitos, não querendo acreditar na precoce  despedida terrena.

Mas espera aí, passagem serena assim, sem dissabores de dores físicas, só os abençoados e designados  pelo Superior.

Nada de acabrunhar.

Temos licença para derramarmos  lágrimas da saudade anunciada pela falta que irá fazer, mas sem abatimento, ao contrário, muitos  aplausos e só sorrisos para reverenciar o exemplo que nos legou.

A voz privilegiada, o que representou para a nossa MPB, as suas interpretações de um repertório diversificado mas sempre de um extremado bom gosto musical, o grande companheiro da sua amada, o dedicado pai, o generoso amigo, a estrela que não tinha receios para se aproximar de suas plateias em suas apresentações.

Enfim, suas cantorias, suas folias, seus risos e gargalhadas, sua sempre alegria agora eternizada, serão inesquecíveis! Com choro já de saudade mas sem es-quecer seu sorriso Jair, como alimento d´alma.

Gui Oliva.

 
Disparada

Jair Rodrigues

Prepare o seu coração pras coisas que eu vou contar

Eu venho lá do sertão, eu venho lá do sertão

Eu venho lá do sertão e posso não lhe agradar

Aprendi a dizer não, ver a morte sem chorar

E a morte, o destino, tudo, a morte e o destino, tudo

Estava fora do lugar, eu vivo prá consertar

Na boiada já fui boi, mas um dia me montei

Não por um motivo meu, ou de quem comigo houvesse

Que qualquer querer tivesse, porém por necessidade

Do dono de uma boiada cujo vaqueiro morreu

Boiadeiro muito tempo, laço firme e braço forte

Muito gado, muita gente, pela vida segurei

Seguia como num sonho, e boiadeiro era um rei

Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo

E nos sonhos que fui sonhando, as visões se clareando

As visões se clareando, até que um dia acordei

Então não pude seguir valente em lugar tenente

E dono de gado e gente, porque gado a gente marca

Tange, ferra, engorda e mata, mas com gente é diferente

Se você não concordar não posso me desculpar

Não canto pra enganar, vou pegar minha viola

Vou deixar você de lado, vou cantar noutro lugar

Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui rei

Não por mim nem por ninguém, que junto comigo houvesse

Que quisesse ou que pudesse, por qualquer coisa de seu

Por qualquer coisa de seu querer ir mais longe do que eu

Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo

Já que um dia montei agora sou cavaleiro

Laço firme e braço forte num reino que não tem rei

Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui rei

Não por mim nem por ninguém, que junto comigo houvesse

Que quisesse ou que pudesse, por qualquer coisa de seu

Por qualquer coisa de seu querer ir mais longe do que eu

Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo

Já que um dia montei agora sou cavaleiro

Laço firme e braço forte num reino que não tem rei


Composição: Geraldo Vandré - Theo de Barros

Se desejar ouvir mais músicas Nacionais clique em
Voltar ou escolha a opção desejada
 
Voltar Músicas Menu Principal