Dueto: Uma visita ao sítio


 
Recebi em 13/09/2005

Uma visita ao sítio - Valeriano Luiz da Silva

Uma visita ao sítio

Autor: Valeriano Luiz da Silva

Eu hoje acordei feliz!...

Pensando o que será que fiz...
Logo o coração me diz...
Vá visitar a natureza como um aprendiz...

Eu fui criado na cidade ouvindo e vendo muita maldade
Agora vejo que a vida no sítio retrata outra realidade
Uns amigos me levaram
Para contemplar esta beldade


Logo chegando ao sítio do grande amigo
Encontrei verdadeiro abrigo
Além de estar longe dos perigos
Convive-se com plantas e animais nossos amigos mais antigos

Mesmo logo na recepção
Fui saudado pelo cão...
Parecia fazer demonstração...
Que na roça até os animais tem mais educação

Que emoção é escrever ao relento
Sentindo no balançar das árvores um fresco vento
Olhando pra lagoa vendo a criançada com alegria
Juntamente com os adultos fazendo pescaria

No meio dos bambuais uma linda pata está chocando
Contemplo na parte alta os animais pastando
Muito emocionei vendo a garça voando
Mas a emoção aumentou quando vi que era um bando

O almoço feito no sítio é de sabor incomparável
E o cafezinho então? Sem mistura e de sabor agradável
Agora no fim de tarde olho para o coqueiro bacuri
E uma coisa excelente começa me invadir...

Eu digo pra mim mesmo, espera um pouco aí!...
Ainda tem mais beleza pra se ver por aqui...
Continuo observando vejo lindo gueirobal
E junto com o mesmo um magnífico eucaliptal

Agora sinto um aroma sem igual
O que será isto? É o esterco de animal
Se isto não fizer bem, também não fará mal.
Que coisa gostosa! Que sabor natural!...

Já chegou a noite o silêncio invadiu o lugar
A família reúne os amigos pra um churrasco apreciar
Vendo a lua lá do alto sem cobrar nada nos clarear
Aquela multidão silenciosa começa a jantar

Na cidade inventam moda faz festa a luz de vela
Mas o gostoso é na iluminação da lua apanhar comida na panela.
Nem a roça está imune da chamada violência
Mas o lavrador pede ao malfeitor clemência...

Muitas vezes com o calor, passam a noite aberta as janelas...
Às vezes antes de dormir se aprecia o grito das cervas e gazelas
Agora volto pra cidade...
Despeço do sítio com tristeza trazendo no coração saudade

Cezarina Go, 31/07/2004
Valeriano Luiz da Silva
valerianols@globo.com


No Sítio - Tarcísio R. Costa

No Sítio
Tarcísio R. Costa


Nasci no sítio...
Lá, via o romper da alva...

ouvia o gorjear dos passarinhos...
Recebia da brisa os seus carinhos...

Lá, passava o rio da minha infância,
Ele era a vida da natureza,
Ele era o  lazer de mim criança...
Era me dava prazer.

Sentava na ribanceira...
Já pensava... Já tinha sonhos... Sonhos de infância...

Depois, mergulhávamos, eu e os meus sinceros amigos,
Fazíamos o barulho de aves assustadas...

Pulávamos das ribanceiras,
Descíamos na corredeiras...
eram, também, crianças
essa brincadeira...

O tempo era esquecido,
tínhamos a mesma liberdade
dos passarinhos...

Ainda não conhecíamos
a tristeza...

A nossa companhia era a Dona Felicidade...

Depois, o tempo passa,
Já mais morrem as saudades daquele tempo...

Minha mãe... Meu pai...
Hoje pertinhos de Nosso Senhor... Tenho certeza.

Aqui estou, longe do rio...
quase não ouço os passarinhos...
A brisa já não me faz tantos carinhos...

Quando quero ver rolarem
lágrimas na minha face,
Reflito sobre a minha vida
de criança...

Tarcísio Ribeiro Costa
BSB, 28/06/2005



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