Dueto: A morte do Poeta


 
Recebi em 13/09/2005
 

A morte do Poeta - Valeriano Luiz da Silva

Na era da internet
O poeta não está inerte
Basta acabar de escrever
Todo universo vai saber

Pra quem gosta de poesia
Espera todo dia
Boas novas de alegria
Que o poeta anuncia

Mas chega o dia que o mundo chora
O poeta foi-se embora
Deixou o nome na história
E dirá o leitor o que será de mim agora?

Pois a poesia diminuiu
O poeta sumiu
Eu só li o comentário
Deste homem extraordinário

O mundo perdeu
O poema encolheu
Pois o poeta que partiu
Ninguém o substituiu

Ainda que a vida continue
Mas a poesia diminui
Pois, ninguém vai substituir,
O dom do poeta que partir

Valeriano Luiz da Silva
Anápolis - GO - 15/04/2005

Se morrer um Poeta... - Diógenes Pereira de Araújo

Quando morrer alguém não morre a vida;
a vida dura toda a eternidade;
vejam o evento da maternidade:
se a criança do ventre é expelida

nasce na terra e - que felicidade! -
encontra muitos a lhe dar guarida;
saiu da escuridão e é acolhida
pelos parentes, em comunidade;

se morrer um poeta, por favor
não chorem não, alegrem-se porém,
que o poeta precisa ir para o além

a fim de prestar contas ao Senhor
de que com versos, flechas de poesia,
ao mundo deu mais luz, mais alegria...

Diógenes Pereira de Araújo
Bauru - SP - 19/4/2005 - 19:45 hs


 
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