OLHAR QUE ME ALUCINA

Naida Terra

Olha-me assim sempre,

sem fim e com infinitas

possibilidades...

É na tela dos teus olhos

que eu vejo o cair da noite

e que a lua está subindo

sem ter que olhar para o tempo...

São neles que eu vejo o balanço

do mar, o sol nascer e a vida

lá fora acontecer...

Olhar que me alucina, despe-me

e adiante leva-me até mais longe,

onde faz moradia o prazer...

Olhar de quem me ama, com tal

êxtase e encanto,

que me alucina completamente...

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Teu olhar que me alucina


Preso no teu olhar que me alucina
Eu fico mudo, sossegado e quedo
Com a alma cheia de pavor e medo,
Perante uma prisão tão repentina.

Olhar demolidor que me fulmina,
Me lança na masmorra do degredo,
Esconde-se na nuvem do segredo
Duma lenda que traz, desde menina.

Quando, um dia, a bruxa má a encontrou,
Logo uma grande praga lhe rogou:
- Em ti, é só querer o que domina,

Porque teus olhos irão conquistar
Qualquer homem que, para ti, olhar,
E eu sei que é esse olhar que me alucina.

António Barroso (Tiago)
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Publicado no Recanto das Letras em 21/02/2009
Código do texto: T1451554



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