Anne Frank, não é apenas um nome

Recebi em 20/03/2018


Annelies Marie Frank, mais conhecida como Anne Frank (Frankfurt am Main, 12 de Junho de 1929 - Bergen-Belsen, 31 de Março de 1945).
Escrever um diário é uma experiência realmente estranha para al-guém como eu. Não somente porque eu nunca tenha escrito algo antes, mas também porque tenho a impressão de que nada do que uma garota de 13 anos escreva irá interessar mais tarde para mim ou outras pessoas. Bom, não tem problema. Eu me sinto como uma escritora.” (Anne Frank)

Anne apareceu na minha vida quando eu era adolescente. Meu tio Ivan teve a bondade de enviar-me um exemplar de seu diário, pu-blicado pelo pai de Anne em 1947, dois anos após a sua execução em um dos campos de extermínio de Adolf Hitler. Acompanhei cada pedaço dos dias de Anne, desde o começo. Muitas vezes eu chorei e outras vezes meu coração bateu descompassado. Gente como eu, com intensa sensibilidade e respeito ao próximo, carrego comigo a vida desta menina judia que passou a ser um ícone da humanidade, pela mesquinhez e loucura de um homem. “Apesar de tudo, eu ainda creio na bondade humana”, ela disse, em uma das páginas de seu diário.

Hoje cedo eu encontrei um garotinho de uns seis anos, sentado do lado de fora da padaria.
- Moça, você compra um saco “cheio” de pão e uma caixa de leite?
Eu sorri e entrei. Comprei o saco cheio de pães e o litro de leite. Quando saí, cadê o menino? Sumiu! O moço da banca de revistas disse que ele pediu a mesma coisa a pelo menos vinte pessoas e ninguém ajudou. Deixei a compra com ele, no caso do menino vol-tar.
Decepcionada, fui dirigindo devagar de volta pra casa, na esperan-ça de ver o menino. E não é que eu o encontrei?
- Rapaz, você desistiu de esperar? Os seus pães estão lá na banca de revistas. Não terminei de falar porque vi um garotinho voando atrás de mim.

Pensei em todas as pessoas como Anne... E meu coração, mais uma vez, chorou, ao me lembrar que sua alimentação era uma sopa rala de água suja.

Sunny L
Janeiro 28, 2014

*****************

Anne Frank is not only a name

Annelies Marie Frank, better known as Anne Frank (Frankfurt am Main, June 12, 1929 — Bergen-Belsen, March 31, 1945).
Write a diary is a really weird experience for someone like me. Not only because I've never written anything before, but also because I have the impression that anything a girl of 13 years will be of interest to later write me or other people. Well, no problem. I feel like a writer.” (Anne Frank)

Anne came into my life when I was a teenager. My uncle Ivan was kind enough to send me a copy of his diary, published by Anne´s father in 1947, two years after her execution in one of Adolf Hitler's extermination camps. I have followed every bit of the days of Anne, from the very beginning. Many times I cried and sometimes my heart beat very fast. People like me, with intense sensitivity and respect to others, I carry with me the life of this Jewish girl who happened to be an icon of humanity, the pettiness and madness of a man.

Despite everything, I still believe in human kindness,” she said, in one of the pages of his diary.

Earlier today I found a little boy about six years ago, sitting outside the bakery.
- Lady, you buy a bag “full” of bread and a liter of milk?
I smiled and walked in. I bought the bag full of bread and a gallon of milk. When I left, where's the boy? He was gone! The younger of the newsstand said he asked the same thing at least twenty people and no one helped. I left the purchase with him, in the case of the boy come back.
Disappointed, I was driving slowly back home, hoping to see the boy. And I found him!
- Boy, you gave up on hope? Your breads are there on the newsstand. – I did not finish talking because I saw a little boy flying behind me.

I thought of all the people like Anne... And my heart once again, cried, to remember that their food was a thin soup of dirty water.

Sunny Landrith
January 28, 2014


 

 
Anterior Próxima Crônicas Menu Principal