Escola da vida


Esta Crônica recebeu as seguintes Premiações:

01 – III Olimpíada Cultural "500 Anos da Língua Portuguesa no Brasil" - Classificação com Louvores - CLUBE AMIGOS DAS LETRAS - Sérgio Grigoletto – Antologia "A Ponte"- 2006 – São Paulo
02 – 6ª Antologia "Novos talentos da Crônica Brasileira" - Editora CBJE - RJ - Outubro/2006



Quando um feto é formado, está sendo feita uma matrícula para entrar na escola da vida.

O cotidiano vai moldando aos poucos a pessoa.

No momento em que a criança vem ao mundo, é iniciada a apren-dizagem. Estão ao seu dispor os melhores professores com titula-ção de Mestre e Doutorado: seus pais. À medida que cresce, brinca e aprende.

O material auxiliar de ensino é tudo o que está a sua volta.

As lições teóricas são realizadas em seu lar. Na convivência com as demais pessoas serão colocadas em prática, no dia-a-dia.

Muitas vezes, apesar de inúmeras explicações, o aluno demora a entender... erra muitas vezes até acertar. Porém, há aqueles que são sempre reprovados e parece que jamais alcançarão a próxima etapa.

A vida é um estudar contínuo, cuja carga horária só termina quan-do deixamos de respirar, entretanto, pressentimos que em tempo algum nos tornamos realmente habilitados para viver na íntegra.

É necessário ultrapassar a fase de estagiário e aproximar-se ao má-ximo de um profissional capacitado na arte de viver... igualar-se a um aventureiro e escalar os picos mais altos das dificuldades. So-frer, ganhar ou perder, não importa, mas recolher o que adquiriu ao longo dos anos e seguir em frente; preparar-se para o próximo obstáculo, porque a existência é uma batalha constante, não ne-cessariamente uma guerra violenta, porém, ela gosta de provocar para conduzir o indivíduo mais adiante.

A pós-graduação se dá na maturidade, no auge da vivência.

No fim, quando o ser humano fecha os olhos e parte para a eterni-dade, leva consigo sua maior riqueza: experiências de vida... isso não se pode receber como herança de ninguém: cada qual conquis-ta a sua e ficam apenas as memórias da trajetória de um estudante que tornou-se universitário,  diplomou-se... no entanto, lhe perse-gue a sensação que ainda falta alguma coisa...

Por muito que se vive, parece pouco...

Ao nascer, ganhamos uma caneta, para com ela escrevermos a his-tória da nossa vida, contudo, um dia, a tinta acaba, não sendo pos-sível substituí-la por outra.

Obs.: Este texto faz parte do livro "Voz da Alma"
Rosimeire Leal da Motta - Editora CBJE - RJ - Novembro/2005


Rosimeire Leal da Motta

Vila Velha - ES


 

 
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