Compartilhando Experiências III


     
Para ensinar geografia à minha filha, mostrava-lhe como corri-am os rios, o que era uma ilha, um lago ou uma montanha, usando todas as formas que pudessem fazê-la compreender a lição.
      Para mostrar como corria um rio, por exemplo, eu usava uma mangueira transparente.
      Abria a torneira, segurava sua mãozinha, mostrava a ela a água correndo através da mangueira e eu lhe dizia:
      - Ritinha é assim que correm os rios.
      Para que ela compreendesse como um rio desaguava no mar, abria uma outra torneira deixando que o piso ficasse cheio de água.
      Colocava a mangueira em direção do piso molhado, abria a se-gunda torneira, deixando que a água da mangueira corresse de en-contro a água do piso e dizia:
      - Filha faz de conta que o piso é o mar.
      Está vendo como a água que sai do rio, vai para o mar?
      Explicava-lhe o que era um lago, colocando água numa bacia e à volta dela terra, com galhos enfiados, para imitar as árvores.
      Doutra feita, após tentar, sem sucesso, das mais diferentes formas, fazer Rita entender o que era uma ilha, enchi uma bacia com água, peguei Ritinha e a coloquei de pé no centro da bacia.
      Pedi que ela juntasse as mãozinhas em concha, e aí depositei sobre elas a terra, então lhe disse:
      - Filha você é uma ilha.
      Ela riu, e dessa maneira ela compreendeu o que era uma ilha.
      Montanhas foram mais fáceis, eu simplesmente comprava alguns sacos de terra e os derramava um em cima do outro, colo-cando bonequinhos de plástico em cima e ao pé da "montanha".
      Também alugava alguns filmes onde tivessem rios, lagos, ilhas, etc. e mostrava a ela.
      Para fixar ainda mais o aprendizado, arrumava fotos de tudo que havia lhe ensinado e fazia com que ela colasse as mesmas em cartolinas e escrevesse o nome da paisagem, em baixo da foto.
      Para ensinar à minha filha como ocorriam os dias e as noites, comprei uma lanterna com um bom foco e um grande globo terres-tre, giratório.
      Onde estava o Brasil coloquei uma etiqueta escrito: NOSSA CA-SA.
      Expliquei que faríamos de conta que a lanterna era o Sol e o globo a Terra.
      Acendia a lanterna, e iluminava a América.
      Então eu lhe falava para minha filha: - Veja como o sol clareia a "nossa casa".
      Olha, está claro porque é dia.
      Depois, ia girando o globo até que "nossa casa", ficasse na pe-numbra.
      Explicava para ela, a Terra mudou de lugar, por isso temos a noite.
      Estas foram apenas algumas estratégias que usei para desen-volvimento e aprendizagem da minha filha.
      Ao educar uma criança, deve-se ir com calma e estar atento aos detalhes.
      Cada criança tem seu método de aprender.
      É necessário que os pais descubram qual é o método que mais facilita o aprendizado de seu filho.

Muriel E. T. N. Pokk
Texto registrado em cartório

Banner exclusivo do Site www.crlemberg.com.br
 

 
Anterior Próxima Crônicas Menu Principal