Compartilhando Experiências II


      Quando Rita tinha um ano, ao invés de lhe dar brinquedos eu lhe dava números de borracha para brincar.
      Mostrava a ela cada símbolo e lhe dizia o nome dos mesmos.
      Foi desta forma que ela aprendeu a identificar cada número.
      Mais tarde, quando ela já se mostrava capaz de fazer esta identificação, com giz branco eu pontilhava, no chão da sala, em tamanho grande, um número e, após fazer isso, pedia que minha menina com giz colorido seguisse o pontilhado.
      Para dar a ela noção de espaço, eu escrevia em cartolina bran-ca, números bem grandes e pedia que Rita, utilizando caneta colo-rida, de ponta grossa, passasse por cima das linhas dos números.
      Após ter aprimorado seus movimentos, passei a dar-lhe canetas com pontas mais finas, a seguir passei para o lápis de cor, e, por fim para  o lápis preto comum.
       Depois que ela aprendeu a fazer corretamente os números, para que ela aprendesse a escrevê-los em linha reta, comprei fo-lhas de papéis brancos (
desses papéis que se usa para imprimir) e neles fazia linhas bem distantes uma das outras (mais ou menos 7 centímetros de distância), pedindo para Rita que escrevesse qual-quer número, e que, após escrevê-lo, dissesse que número era aquele.
      Conforme a escrita seguia seu progresso, aos poucos fui dimi-nuindo o tamanho das linhas até que, finalmente, passei a usar o caderno.
      Ensinei à minha filha a tabuada brincando com ela.
      Na época recortei cartolinas em pedaços iguais de 8 cm por 4 cm e escrevi a tabuada do dois, por exemplo: 2 x 2, 2 x 3, 2 x 4 e assim por diante.
      Depois em cartolina da mesma cor, recortava no tamanho 4 cm por 4 cm, colocava o resultado.
      Como uma brincadeira colocava na mesa uma "cartelinha" com 2x2, e dois resultados.
      Então perguntava à minha filha: - Filha quanto é "dois vezes dois".
      Se ela pegasse o resultado certo, eu aplaudia e a beijava.
      Se ela pegasse o resultado errado eu apenas falava, agora é minha vez e colocava o resultado certo.
      Aí recomeçava colocando os mesmo números.
      Fiz todas as tabuadas da forma acima citada.
      Cada cor de cartolina representava uma tabuada.
      Hoje em dia já encontramos essas tabuadas prontas, tanto em madeira como em borracha, com encaixes.
      Para ensinar Rita a somar, pedia a ela que escrevesse dois nú-meros quaisquer, um em baixo do outro e passasse um risco debai-xo deles.
      Depois pedia a ela que colocasse uma "cruz" do lado direito.
      Os fósforos foram meus grandes auxiliares.
      Pedia a minha filha que pegasse fósforos em quantidade equi-valente ao número que ela  havia colocado primeiro, depois pedia que ela fizesse o mesmo com o número de baixo.
      Após ela ter feito isso, pedia que ela juntasse todos eles e os contasse.
      Assim que ela obtinha o resultado, pedia-lhe que escrevesse o resultado da soma, em baixo do risquinho (onde vai o total).
      No inicio do aprendizado eu só colocava números que somados dariam um total máximo de 9.
      No começo ela se enganava, mas, depois, com treino, apren-deu o valor de cada número.
      Para a subtração usei o mesmo método.
      A multiplicação foi um pouco mais difícil.
      Ela só entendeu como fazer após vários exercícios com os fós-foros.
      Brincando com ela expliquei que era uma soma, mas que estava escondida.
      Ela riu e após muita paciência e vários exercícios acabou en-tendendo.
      A divisão foi onde minha filha teve mais dificuldade.
      Usei vários métodos, mas só consegui ensiná-la com muita pa-ciência e perseverança com a técnica da multiplicação.
      Ao educar uma criança, deve-se ir com calma e estar atento aos detalhes.
      Cada criança tem seu método de aprendizagem.
      É necessário que os pais descubram qual é o método que mais facilita o aprendizado de seu filho.

Muriel E. T. N. Pokk
Texto registrado em cartório

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