Preconceito racial


Todos são iguais perante a lei e a sociedade.

Essa é a teoria, mas não é o que se verifica na realidade.

Embora convenientemente disfarçado sempre existe um preconcei-to, discriminando as pessoas, conforme a cor de sua pele, ou suas condições sociais.

Em diversas situações, notamos que a discriminação racial, é algo indiscriminada.

Não se pode falar apenas de preconceito desta raça contra aquela raça, pois o que existem são pessoas preconceituosas, não se po-dendo generalizar um julgamento.

Basta olhar para a situação mundial para ver que o preconceito ra-cial existe no mundo inteiro, tantas são as guerras e lutas inter-ra-ciais de que tomamos ciência através da imprensa escrita e falada.

Portanto, é necessário que se faça uma espécie de lavagem cere-bral nas pessoas preconceituosas, para que possam entender que a bondade e a maldade são intrínsecas ao ser humano, e em doses individuais, sempre dependendo da maneira em que sua vida se desenvolve.

Pode-se notar que as crianças nascem sem preconceitos.

Brincam entre si, independendo da cor da pele ou das condições sociais.

Os adultos é que vão colocando dentro de suas cabecinhas que tais ou quais amiguinhos devem ser afastados, porque são diferentes.

Na realidade, é preciso apenas que se discrimine pessoas por suas atitudes, por seu aspecto interior, e nunca por seu aspecto exteri-or.

O que torna as pessoas boas ou más, é sua alma, nunca a cor de sua pele, ou sua crença religiosa, ou o lado da fronteira em que nasceu, ou se é rico ou pobre.

Mas... parece ser impossível que o ser humano, sempre  aferrado a tradições, a conceitos e preconceitos, consiga livrar-se dessa estig-matização.

Preconceito racial existe desde a Babilônia, e nunca acabará. Infe-lizmente.

Aqui, no Brasil, embora o preconceito seja proibido por lei, não é o que encontramos.

Em todos os campos, existe sempre um preconceito muito disfarça-do, que apenas não é assumido por causa, em parte da Lei Afonso Arinos, e também por não ser politicamente correto, assumir uma atitude discriminatória.

Algo que pode se notar em diversas firmas, é esse preconceito subliminar, pois nos critérios de seleção, embora nada se afirme, a cor da pele faz seus efeitos, pois não é raro dar-se preferência a determinado candidato, mesmo que não tão bem qualificado, con-forme tenha a pigmentação da pele.

Notamos que negros muitas vezes são discriminados em certos clu-bes mais elitistas.

Nem sempre diretamente, mas através de exigências que não são feitas a brancos.

Muitas vezes existe esse tipo de diferenciação de tratamento em situações incidentais, no dia a dia mesmo, quando se reage dife-rentemente se estamos diante de um negro, ou de um branco.

Há que se notar que existe também o outro lado da medalha.

Ou não será preconceito contra os brancos a existência da Associa-ção dos Homens de Cor?

Aliás, fala-se em Homens de Cor , mas não são aceitos os filhos da raça amarela.

Também existem clubes, onde brancos praticamente não são acei-tos.

É a outra face da medalha, de algo que deveria inexistir.

No amor também existe um preconceito muitas vezes nada disfar-çado.

Uniões inter-raciais, geralmente são mal vistas por ambos os lados.

Famílias brancas não aprovam a união de seus filhos com ne-gras, bem como as famílias negras não veem com bons olhos tais casamentos, como se a cor da pele pudesse influir na força do amor.

Se o amor existe, há que se respeitar as decisões dos filhos.

Preconceito é algo por demais odioso e que atrapalha o bem viver.

Mas é algo inerente ao ser humano, sempre preocupado com a cha-mada preservação da raça.

Segundo tal pensamento, o mundo precisaria ser redividido, fican-do cada qual em seu canto, não podendo haver qualquer mistura.

Mas na realidade, é essa mistura que aprimora a raça.

Nessa miscigenação o ser humano vai se aprimorando, cada raça assimilando qualidades e corrigindo defeitos.

Precisamos aprender a encarar as pessoas por seu lado interior, es-quecendo a cor da pele, e avaliando suas qualidades e defeitos pe-lo que elas apresentam de bom e de mau.

Existem negros malfeitores, e negros benfeitores, como brancos e amarelos igualmente de boa ou má índole.

O que importa é o que nos diz sua alma, suas atitudes.

Um funcionário não será mais ou menos competente se for negro ou branco, mas sim pela qualidade de seu trabalho.

Vamos encarar os seres humanos com mais seriedade?

Vamos procurar esquecer quaisquer preconceitos, principalmente os raciais, que sempre provocam situações vexatórias.

Tenham certeza de que o mundo irá melhorar muito se atingirmos esse utópico ponto.

Marcial Salaverry
Santos - SP



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