Casamento, tênis e frescobol


O casamento, como o esporte, é algo que merece
toda nossa atenção e devemos bem praticá-lo...
Ósculos e amplexos
Marcial

Vocês poderão perguntar-se se eu destrambelhei de vez (mais?). O que poderá ter o casamento, a ver com o tênis (o jogo, não o cal-çado), ou com o frescobol.

Quando  a minha amiga Marilene me falou nisso, a única analo-gia que encontrei, foi que no tênis, existe uma rede entre os joga-dores, o que não acontece no frescobol. Quando recebi o trabalho sobre o assunto, vi que, realmente, tem tudo a ver.

Os casamentos tipo tênis, dificilmente dão certo, e os tipo fres-cobol, tem tudo para perpetuar-se.

Vou dar umas rápidas pinceladas sobre o assunto.

Quem conhece os dois jogos, certamente sabe que numa partida de tênis, você tem que conhecer e explorar os defeitos do adversário (aqui, é adversário...), para superá-lo e, mostrando sua superiori-dade, derrotá-lo.

Portanto, num casamento onde existe uma competição entre os dois, para ver quem é o mais belo, o mais forte, o mais inteligente, o mais bonito, ou o mais gostoso, as coisas nunca terminam bem, pois o derrotado sempre vai sentir a frustração que todo perdedor sente.

Nunca vai olhar o companheiro(a) como um parceiro(a), e sim como rival.

Sempre vai estar tentando devolver a derrota em uma coisa, supe-rando-o em outra. Não vai estimular a UNIÃO da dupla, mas sim a competição, a a rivalidade.

Sempre vai procurar apontar os defeitos, e nunca as virtudes do adversário. Mais ou menos assim: Bem, ele(aé bom como me-cânico, mas na cozinha é uma negação. Só atrapalha. Ressaltando o defeito.

Agora, no frescobol, o interesse que existe, é em manter o jogo.

Quanto mais tempo a bola ficar no ar, mais tempo os dois estão jo-gando, então, um procura devolver a bola no jeito, para que o ou-tro a rebata.

Então, se você sabe que o parceiro(a) é fraco nas bolas baixas, pro-cura sempre levantar a bola, para que ele(a) a devolva bem, e o jogo, quando mais a bola estiver no ar, dura. E os dois JUNTOS, procuram derrotar os outros competidores.

Entre si, tem que haver harmonia, diálogo de sinais.

Da maneira com que você movimenta o braço, o parceiro(a) já vai saber onde a bola vai vir.

Então, os dois não estão competindo entre si.

Estão procurando desenvolver o jogo, dialogando o mais possível.

Transportando para a vida, no frescobol o diálogo é constante, um procurando equilibrar a bola do outro, estimulando a harmonia. Ninguém quer derrotar ninguém. Muito pelo contrário (eu não disse muitos pelos ao contrário...).

Vamos prolongar nossa vida ao máximo.

Vamos procurar estar sempre juntos.

Enquanto que no tênis, não existe nenhum diálogo.

A ideia é abreviar a partida ao máximo.

Quero vencer. O outro, que se dane.

Como no frescobol, vamos manter a bola no ar e assim manter relacionamentos duradouros, o que nos permitirá a possibilida-de de desfrutarmos sempre UM LINDO DIA...

Marcial Salaverry
Santos - SP
www.prosaepoesia.com.br


 

 
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