As quatro meninas que aprenderam a se amar
 


Numa pequena cidade, quatro meninas de famílias diferentes eram vizinhas.

Mas teve um grande problema entre elas, uma convivência péssima que se agravou e criara ódio entre si.

Querem saber por quê?

Por causa da cor da pele.

Por mais que suas mães lhes ensinassem que Deus não agrada de discriminação, explicando que o importante da pessoa é o que está no coração e não na cor da pele, pois ele quis que cada uma tivesse aquela cor, nada adiantava, as duas meninas brancas de cabelos cacheados e olhos azuis, brincavam para um lado e as duas meninas de pele negra brincavam do outro lado, até mesmo na calçada da rua passavam de largo. (As quatro eram muita lindas)

Querem saber o que aconteceu?

Um dia as quatro meninas brincavam duas de cada lado da rua, quando repentinamente surgiu um elemento estranho e pegou uma das meninas brancas e fugiu com ela, justamente no momento que sua coleguinha havia ido tomar água, as duas meninas negras correram e combinaram, enquanto chamo nossa amiguinha você fica de olho para onde o homem estranho vai, veja, o amor fun-cionou, a menina negra já chamou a branca de amiguinha, avi-saram a colega e ela pegou o cão farejador e chamou um vizinho e as três foram atrás do bandido, logo uma das meninas negra dis-se: ele contornou a praça, vamos correr mais.

O cão que gostava muito da menina raptada percebeu, correu mais que todos  e enfiou os dentes na perna do homem que soltou a me-nina imediatamente, juntas com o vizinho e o cão as quatro aju-daram a amarrar o bandido e voltaram abraçadas e cantando de alegria.

À noite as famílias reuniram e foi uma grande festa, o cachorro ganhou uma linda coleira, carne e um pacote de ração de primeira, as meninas trocaram presentes entre si chorando fizeram um acor-do: seremos amigas para sempre, e a menina que tinha sido rap-tada disse às coleguinhas, jamais me aproximaria de vocês pelo amor, mas me aproximei pela dor.

Tornaram amigas íntimas por toda vida, casaram e até os filhos tiveram os mesmos nomes.

Vamos fazer isto também?

Não olhemos raça, cor, religião ou situação financeira, sejamos  irmãos, pelo amor ou pela dor.

Vamos dizer não ao xenofobismo
Mas vivermos unidos independente de raça
Vamos dizer não ao racismo
Pois somos toda uma só casta”
(Valeriano Luiz da Silva)


Valeriano Luiz da Silva
Anápolis - GO - maio de 2004



 

 
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