Um conto real

Recebi em 19/11/2005
UM CONTO REAL
 
Em um sábado qualquer, ou outro dia da semana, estava o garotinho sentado perto do ponto do ônibus, cabisbaixo.

Nada pedia, não olhava os que ali transitavam.

Ás vezes suspirava, seus olhinhos brilhavam, como se fossem lágrimas ou súplicas.

Não queria pedir, não queria implorar, em seu coraçãozinho queria apenas que alguém entendesse a situação dele, que nem ele mesmo entendia o por quê.

O vai e vem de pessoas, não o intimidava.

Estava escurecendo, o tempo havia mudado, a chuva logo cairia.

Mas, ir para onde?

Tinha família, mas tinha de manter ou ajudar a manter esta família que apesar de simples era unida.

Não sabia pedir.

Seus olhos imploravam.

Preciso de ajuda” “Preciso trabalhar” preciso de um teto.

Nada.

Todos olhavam com piedade mas ninguém ainda havia parado para saber o que aquela pobre criança tão frágil realmente queria.

Talvez quisessem que ele humilhasse, roubasse e saísse correndo para ajudar os seus.

Nada aconteceu.

Veio a chuva e molhou o corpo e a alma daquela pobre criança.

Ela chorou, chorou sem entender porque tanta coisa era diferente na vida.

Só queria um teto, um aconchego, roupa limpa e sentir criança...

Talvez alguém tenha ajudado aquela criança no mesmo dia, porém todo dia é um recomeço e péssimo para muitas crianças sem lares, sem formação e sem alimento.

Deus Meu, por quê?

É justo?

Até quando veremos este quadro!!!

Cada dia a violência aumenta mais, destruindo a humanidade.

Onde está a união?

Onde está o irmão que deve estender as mãos aos mais carentes?

Quando Meu Deus?

Ajude-nos, suplicamos.

Se dez por cento da população do mundo saísse no arrastão da solidariedade, tentando alimentar, agasalhar, dar uma palavra de carinho ou um sorriso a quem precisa, alguma coisa mudaria.

Por um minuto vamos refletir sobre isto?

 
Goiania - GO - 19.11.2005



Fundo Musical: Oração da Família

 
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